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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Toda luz que não podemos ver


Foi considerado um dos melhores livros de 2014, segundo a Amazon, e também foi ganhador do Prémio Pulitzer de 2015 na categoria Ficção, assim como também ganhou o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction em 2015.

Confesso que comecei a ler este livro sem muitas expectativas, e nas primeiras 100 páginas, de 500, achei um pouco confuso, com uma maneira de contar a história bem diferente do tradicional. Porém, nem por isso, menos interessante e gostoso de se ler. O escritor muda constantemente a linha lógica dos acontecimentos, contando coisas que ainda irão acontecer e depois voltando ao passado e explicando o que aconteceu, como aconteceu e os porquês. Isso faz um exercício mental gigantesco. Tu tens que montar um quebra-cabeças da história e unir os pontos que, depois de um tempo gostei bastante deste jeito de se ler. É como ler um dos capítulos finais, voltar e ler um capitulo inicial, passar para um capitulo do meio do livro, e assim por diante. Além de, até mais ou menos a metade do livro a história se passa de maneira paralela e você não consegue entender onde elas irão se unir e em que ponto.

Tudo se passa durante a 2ª Grande Guerra e conta a história simultanea (vou fazer o possível para não dar spoiler) de um jovem Alemão e uma Jovem Francesa.

O escritor entra em detalhes do ambiente de guerra, as privações, tanto do lado Francês, quanto do lado Alemão, as sacanagens do governo, o medo do povo. Realmente é impressionante.

A Marie-Laure, que é a protagonista, vive em Paris, bem perto do Museu de História Natural, em que seu pai trabalha. Ela teve um problema de visão quando criança, porém isso não a fez menos fascinada pela vida e curiosa pela Natureza e ciência.

Já o órfão Werner, o segundo protagonista, cresceu com a irmã mais nova em uma região de minas na Alemanha, fascinado pela ciência, em particular por rádios, que, pode imaginar a inovação que era em 1944? Fico imaginando que o rádio, em termos de tecnologia, era algo próximo ao WhatsApp, lógico que guardada as devidas proporções e funções.
Com o tempo ele acaba se tornando especialista e isto lhe concede uma oportunidade em uma escola nazista.

Eu tenho sempre o péssimo hábito de generalizar, quando se fala de 2ª Guerra, Alemães e Nazistas, mas o relato deste jovem na escola Nazista mostra também que os Jovens alemães eram (sem generalizar novamente) vitimas do sistema Nazista que se formou. Eles eram massacrados por professores tiranos e eram projetados para a Guerra. Não se tinha escolha nenhuma.

A história se desenrola em torno desses dois jovens e os tenebrosos acontecimentos em Sain-Malo, cidade no Norte da França e o suporte dado a chegada dos exércitos dos Aliados na Normandia.

Dramas pessoais e morais são constantes, bem como a estratégia de ambos para sobreviver à 2ª Guerra Mundial.

Super recomendo!