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quinta-feira, 8 de junho de 2023

O Vermelho e o Negro

 

Um romance histórico psicológico em dois volumes do escritor francês Stendhal, publicado em 1830. É frequentemente citado como o primeiro romance realista. Definido no período entre o final de setembro de 1826 até o final de julho de 1831, trata das tentativas de um jovem de subir na vida, apesar do seu nascimento plebeu, através de uma combinação de talento, trabalho duro, engano e hipocrisia, apenas para se encontrar traído pelas suas próprias paixões.

CRÍTICA

«Apesar das numerosas semelhanças entre O Vermelho e o Negro e A Cartuxa de Parma, os dois romances são subtilmente diferentes na sua perspectiva erótica e na representação dos protagonistas de Stendhal. A nostalgia de glória napoleónica não abandona Julien quase até ao fim, mas extingue-se em Fabrizio depois da derrota de Waterloo. O autêntico amor não se apodera de Julien a não ser nos seus últimos dias e, ainda que não existam motivos para duvidar da sua sinceridade, tanto ele como Madame de Rênal sabem que não têm futuro, o que constitui um nada negligenciável motivo para intensificar a paixão.»

«Julien Sorel nada sabe de si próprio; só é capaz de sentir as paixões depois de as simular e tem um inegável talento para a hipocrisia. E, no entanto, Julien mantém o nosso interesse e, mais do que isso, fascina-nos, não somos capazes de sentir antipatia por ele.»
Harold Bloom, Futuro da Imaginação

«Stendhal faz com que o leitor se sinta orgulhoso de ser seu leitor.»
Paul Valéry

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A Arte de Produzir Efeito Sem Causa

Esta obra conta a trajetória de Júnior que depois de largar o emprego e a mulher por motivos que guardam uma infeliz coincidência, pede abrigo na casa do pai. Enquanto se entrega a reminiscências e persegue objetivos pequenos e imediatos como a próxima refeição, o resgate de uma dívida com o antigo chefe, o dinheiro para o próximo cigarro, Júnior começa a roer a corda que separa sanidade e loucura. Lourenço Mutarelli também é autor de livros como ''O cheiro do ralo'' e ''O natimorto''.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Toda luz que não podemos ver


Foi considerado um dos melhores livros de 2014, segundo a Amazon, e também foi ganhador do Prémio Pulitzer de 2015 na categoria Ficção, assim como também ganhou o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction em 2015.

Confesso que comecei a ler este livro sem muitas expectativas, e nas primeiras 100 páginas, de 500, achei um pouco confuso, com uma maneira de contar a história bem diferente do tradicional. Porém, nem por isso, menos interessante e gostoso de se ler. O escritor muda constantemente a linha lógica dos acontecimentos, contando coisas que ainda irão acontecer e depois voltando ao passado e explicando o que aconteceu, como aconteceu e os porquês. Isso faz um exercício mental gigantesco. Tu tens que montar um quebra-cabeças da história e unir os pontos que, depois de um tempo gostei bastante deste jeito de se ler. É como ler um dos capítulos finais, voltar e ler um capitulo inicial, passar para um capitulo do meio do livro, e assim por diante. Além de, até mais ou menos a metade do livro a história se passa de maneira paralela e você não consegue entender onde elas irão se unir e em que ponto.

Tudo se passa durante a 2ª Grande Guerra e conta a história simultanea (vou fazer o possível para não dar spoiler) de um jovem Alemão e uma Jovem Francesa.

O escritor entra em detalhes do ambiente de guerra, as privações, tanto do lado Francês, quanto do lado Alemão, as sacanagens do governo, o medo do povo. Realmente é impressionante.

A Marie-Laure, que é a protagonista, vive em Paris, bem perto do Museu de História Natural, em que seu pai trabalha. Ela teve um problema de visão quando criança, porém isso não a fez menos fascinada pela vida e curiosa pela Natureza e ciência.

Já o órfão Werner, o segundo protagonista, cresceu com a irmã mais nova em uma região de minas na Alemanha, fascinado pela ciência, em particular por rádios, que, pode imaginar a inovação que era em 1944? Fico imaginando que o rádio, em termos de tecnologia, era algo próximo ao WhatsApp, lógico que guardada as devidas proporções e funções.
Com o tempo ele acaba se tornando especialista e isto lhe concede uma oportunidade em uma escola nazista.

Eu tenho sempre o péssimo hábito de generalizar, quando se fala de 2ª Guerra, Alemães e Nazistas, mas o relato deste jovem na escola Nazista mostra também que os Jovens alemães eram (sem generalizar novamente) vitimas do sistema Nazista que se formou. Eles eram massacrados por professores tiranos e eram projetados para a Guerra. Não se tinha escolha nenhuma.

A história se desenrola em torno desses dois jovens e os tenebrosos acontecimentos em Sain-Malo, cidade no Norte da França e o suporte dado a chegada dos exércitos dos Aliados na Normandia.

Dramas pessoais e morais são constantes, bem como a estratégia de ambos para sobreviver à 2ª Guerra Mundial.

Super recomendo! 

sábado, 28 de março de 2020

O código da Vinci

O Código Da Vinci – Wikipédia, a enciclopédia livreRobert Langdon, conceituado simbologista, está em Paris para fazer uma palestra quando recebe uma notícia inesperada: o velho curador do Louvre foi encontrado morto no museu, e um código indecifrável encontrado junto do cadáver. Na tentativa de decifrar o estranho código, Langdon e uma dotada criptologista francesa, Sophie Neveu, descobrem, estupefactos, uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou. Tudo se complica quando Langdon descobre uma surpreendente ligação: o falecido curador estava envolvido com o Priorado de Sião, uma sociedade secreta a que tinham pertencido Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Da Vinci, entre outros.

sábado, 14 de abril de 2018

Lolita

Escritor: Vladimir Nabokov

Lolita é um dos mais importantes romances do século XX. Polêmico, irônico, tocante, narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras e seus desejos mais agudos.

A obra-prima de Nabokov, agora em nova tradução, não é apenas uma assombrosa história de paixão e ruína. É também uma viagem de redescoberta pela América; é a exploração da linguagem e de seus matizes; é uma mostra da arte narrativa em seu auge. Através da voz de Humbert Humbert, o leitor nunca sabe ao certo quem é a caça, quem é o caçador.

Nabokov compôs a maior parte do manuscrito — que ele mesmo chamou de “bomba-relógio” — entre 1950 e 1953. Nos dois anos seguintes, ouviu recusas de cinco editoras norte-americanas (“pura pornografia”, disse-lhe uma). Em 1955, foi finalmente aceito por uma obscura editora francesa, a Olympia Press. Em junho, assinou o contrato; em outubro, recebeu os primeiros exemplares, cheios de erros tipográficos.

O livro inicialmente não foi bem-recebido; uma revista pensou em publicar trechos, mas foi desaconselhada por advogados. No início de 1956, sua sorte mudou. Graham Greene havia colocado Lolita entre os melhores livros de 1955 numa edição do Sunday Times. A repercussão cresceu; em agosto de 1958, foi finalmente publicado nos EUA. Em setembro, alcançou o primeiro lugar na lista de mais vendidos. O sucesso faria com que Nabokov deixasse de dar aulas para viver apenas de sua literatura.

“Num primeiro momento, a conselho de um velho e calejado amigo, tive a humildade de estipular que o livro deveria ser lançado anonimamente. Duvido que eu jamais vá me arrepender de pouco depois, percebendo o quanto a máscara tenderia a trair minha causa, eu ter decidido assinar Lolita”, escreve o autor no posfácio Um livro intitulado Lolita. No texto, escrito em 1956 para a edição americana, Nabokov faz esta e outras reflexões sobre sua motivação para escrever Lolita, a gênese da obra, a dificuldade para publicá-la e sua polêmica repercussão.

Sobre as acusações de imoralidade, o autor escreve: “Lolita não traz a reboque moral alguma. Para mim, uma obra de ficção só existe na medida em que me proporciona o que chamarei sem rodeios de prazer estético, isto é, a sensação de que de algum modo, em algum lugar, está conectada a outros estados da existência em que a arte (a curiosidade, a gentileza, o êxtase) é a norma. Não existem muitos livros assim.”

“Antiamericano” foi outro adjetivo atribuído à obra: “Isto é algo que me dói consideravelmente mais que a acusação idiota de imoralidade. (...) Considerações de profundidade e perspectiva (um gramado nos subúrbios, uma campina nas montanhas) levaram-me a construir uma variedade de cenários norte-americanos. (...) Só escolhi os motéis americanos em vez de hotéis suíços ou estalagens inglesas porque estou tentando ser um escritor americano e reivindico os mesmos direitos concedidos aos outros escritores americanos. (...) E todos os meus leitores russos sabem que meus velhos mundos — russo, britânico, alemão, francês — são tão fantasiosos e pessoais quanto o meu novo.”

Sua Lolita, segundo Nabokov, não foi inspirada em nenhuma personagem real, muito menos o sedutor de meia idade Humbert Humbert. 'Lolita é ficção da minha imaginação. Quando pensei no tema, não pensei em nenhuma garota especificamente. Na verdade, eu não conheço meninas tão bem, apenas as havia encontrado socialmente ao longo da vida. Humbert também nunca existiu. É um homem que eu inventei, um homem com uma obsessão, assim como muitos dos meus personagens sofrem de algum tipo de obsessão. Enquanto eu escrevia o livro, vários casos de homens mais velhos perseguindo jovens garotas começaram a ser publicados nos jornais, mas eu encarava isso apenas como uma interessante coincidência', declarou o autor em entrevista a BBC inglesa concedida em 1962.

Mas uma das melhores definições da obra-prima é mesmo do próprio autor. Ainda no posfácio de 1956, Nabokov usa a seguinte metáfora para explicar sua relação com o livro mais famoso: “Todo escritor sério, atrevo-me a afirmar, percebe este ou aquele livro que publicou como uma presença permanente e reconfortante. Sua chama-piloto está sempre acesa em algum ponto do porão, e basta um toque aplicado a nosso termostato particular para provocar uma pequena e discreta explosão de calor familiar. (...). Não reli Lolita desde que revisei suas provas na primavera de 1955, mas o considero uma presença deleitável agora que ele paira discretamente pela minha casa, como um dia de verão que sabemos que está luminoso por trás do nevoeiro.”

O que achei: Nabokov, sem falar um único palavrão ou se utilizar de palavras chulas, consegue fazer um livro sensual, que te faz, horas ficar enojado com o comportamento doentio do protagonista e horas te compaixão de suas muitas vezes inocência.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

O Último Reino - Série Crônicas Saxônicas - Livro 1


Resultado de imagem para O ultimo reinoEscritor: Bernanrd Cornwell
Editora: Record

Formato Lido: Papel

Sinopse: 'O Último Reino' é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes.

Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado.

Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês. Nas gélidas planícies do norte, ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfred, rei de Wessex, e às lutas entre ingleses e dinamarqueses e entre cristãos e pagãos. 'O Último Reino' não se resume a cenas de batalhas bem escritas e reviravoltas cheias de ação e suspense. O livro apresenta os elementos que consagraram Cornwell: história e aventura na dose exata. Uma fábula sobre guerra e heroísmo que encanta do início ao fim.

O que achei do livro: Fantástica  história, é o típico livro que não dá pra parar de ler e ficamos ansiosos pelos próximos capítulos.

Em tempo, a sinopse acima retirada do editor contém um erro, na verdade o termo "VIKING" se refere ao ato e não ao povo, o correto seria dizer que os Dinamarqueses invadiram o território britânico e fizeram atos Vikings, ou seja, o ato vinking e o ato de pilhagem e quem praticava eram os Dinamarqueses, portanto, o caricato que temos dos "Vinkings" com capacete de chifre não é verdadeiro.

Isto fica muito claro no livro quando Ragnar explica para Uthred que barcos sairiam da Dinamarca  para Viking Cornwell. Entendo que seria algo como um verbo.

Este livro anda muito no limiar do que é ficção e do que é história, e me agrada bastante esta linha. Me parece que não é certo a existência de Uthred, porém, grande parte dos relatos são do próprio Rei Alfredo.

Resumindo, uma leitura que vale a pena.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Físico: A epopeia de um médico medieval


Escritor: Noah Gordon

Editora: Rocco
Sinopse: O drama de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, é aqui contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica. 




A história começa quando Rob Cole, órfão, aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra, toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia, onde um famoso físico leciona. Decidido a ir a seu encontro, descobre que o único problema estava no fato de que cristãos não tinham acesso às universidades muçulmanas durante as Cruzadas. A solução era Rob assumir a identidade de um judeu, ao mesmo tempo em que se envolvia com uma avalanche de fatos verdadeiramente impressionantes.

O que achei do livro:

Um livro recheado de romance e aventuras, já não sei se os fatos históricos relatados são verdadeiros, mas, independente disso, é recheado de fatos ditos históricos.
São quase 600 páginas do livro com uma história que te prende do inicio ao fim.
Acredito que o Sr. Noah Gordon quisesse contar como se iniciou a medicina, mas na verdade ele acaba contando a grande aventura de Rob e como eram os preconceitos, riquezas medievais e reinados sangrentos e corrupto que surgia em um cristianismo e também um islamismo que acabavam impedindo o avanço da ciência.
Você pode imaginar os heróis que viveram nesta época e que conseguiram vencer estes obstáculos para trazer o que conhecemos de ciência hoje.
Excelente livro.

sábado, 10 de setembro de 2016

A Revolta de Atlas

Escritor: Ayn Rand
Editora: Arqueiro

Formato Lido: Digital, 3 volumes

Sinopse: Na mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus. Neste clássico romance de Ayn Rand, os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportam o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade. Mas até quando eles vão aguentar? Considerado o livro mais influente nos Estados Unidos depois da Bíblia, segundo a Biblioteca do Congresso americano, 'A revolta de Atlas' é um romance monumental. A história se passa numa época imprecisa, quando as forças políticas de esquerda estão no poder. Último baluarte do que ainda resta do capitalismo num mundo infestado de repúblicas populares, os Estados Unidos estão em decadência e sua economia caminha para o colapso.
Nesse cenário desolador em que a intervenção estatal se sobrepõe a qualquer iniciativa privada de reerguer a economia, os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes começam a sumir sem deixar pistas. Com medidas arbitrárias e leis manipuladas, o Estado logo se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de manter a lucratividade de seus negócios.
Mas a greve de cérebros motivada por um Estado improdutivo à beira da ruína vai cobrar um preço muito alto. E é o homem – e toda a sociedade – quem irá pagar.
Ayn Rand traça um panorama estarrecedor de uma realidade em que o desaparecimento das mentes criativas põe em xeque toda a existência. Com personagens fascinantes, como o gênio criador que se transforma num playboy irresponsável, o poderoso industrial do aço que não sabe que trabalha para a própria destruição e a mulher de fibra que tenta recuperar uma ferrovia transcontinental, a autora apresenta os princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver – a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Viagem ao Centro da Terra


Escritor: Júlio Verne


Sinopse: Axel está prestes a viver a aventura de sua vida, ainda que a contragosto. Obrigado pelo tio a acompanhá-lo numa expedição ao centro do planeta, o jovem e perspicaz narrador diverte o leitor com seu bem-humorado relato da jornada, angustiado diante das excentricidades do genial professor Lindenbrock e de seu impassível guia.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

1984

Escritor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras

416 páginas em Português.
ISBN: 8535914846

Sinopse: Winston, herói de '1984', último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O’Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que 'só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade - só o poder pelo poder, poder puro.'

O que achei deste livro: Creio que se eu houvesse lido em outro momento de minha vida não faria tão sentido como fez hoje para mim, lendo com 44 anos. Hoje consigo ver muitas tentativas, inclusive no Brasil, de se instituir um Big Brother.
Vejo que esta "mania" de nossos governantes de invadirem assuntos pessoais dão um pouco da idéia de controle que muitos ainda querem.

RELIDO EM JUNHO DE 2022

sábado, 19 de setembro de 2015

Os Assassinatos do Professor de Rumba

Escritor: Danilo Proença Marques
Editora: Chiado Editora
ISBN: 978-989-51-4226-2

137 páginas em Português no formato Papel

Sinopse: 
Como seriam as várias maneiras de amar um mesmo homem?
Dinho, instrutor de dança da casa noturna mais popular do Recife, carrega consigo paixões, um revólver prata na pélvis, e um passado de ex-policial no Rio de Janeiro, que ele se esforça para apagar.
Violenta e visceral, a narrativa é entrecruzada pela voz de personagens que amam e sofrem com o dançarino. Uma trama das periferias do Recife e de Fortaleza, de muito longe das orlas refrescantes de Aldeota e Boa Viagem.
Brasília Teimosa é o principal cenário dos amores quentes e desesperados dessas personagens que frequentam as noites da badalada Lady Moon, movidas pelo desejo de serem conduzidas pelo professor de rumba.

O que achei deste livro:
Danilo é um velho amigo, irmão de um amigão meu, por isso tenho muito receio de avaliar seu livro com emoção e não com a razão. Mas vou tentar ser imparcial.

Num primeiro momento tive a impressão de ser apenas mais um conto pornô com toques de violência, porém, no desenrolar do trama, o toque de passado, fazendo um suspense na figura de Dinho, que me deu a impressão de ser um personagem totalmente ambiguo, quero dizer, em muitos momentos tive até uma certa dó dele, de achar que ele era sofrido e que alguma injustiça havia acontecido com ele, porém em outros momento achava um filho da puta.

Para um escritor de primeiro livro, foi uma trama muito bem resolvida e que me fez ler as 137 páginas em apenas 8 horas.

Danilo usou na minha opinião todos os argumentos de uma boa história, mas principalmente soube prender o leitor.

Ansioso para ler o próximo livro para ter certeza de que a qualidade irá se manter.

Sobre o autor: 
Danilo Proença Marques nasceu na cidade de São Paulo em 1973. Ator no início de carreira, trabalhou com grandes mestres do teatro brasileiro como Antunes Filho e José Celso Martinez Corrêa.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ningém escreve ao Coronel

Escritor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Record
ISBN: 978-85-01-01655-3

93 página lidas em papel - Português

Sinopse: Neste livro, o autor conta a história de um coronel reformado que aguarda o pagamento de sua aposentadoria, atrasado pelos canais burocráticos, enquanto tenta sobreviver, com a mulher asmática e um galo de briga que pertencera ao filho morto, numa cidadezinha mortalmente hostil, onde uma vez por semana chega a lancha do correio.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O Lobo do Mar (edição comentada)

Escritor: Jack London
Editora: Zahar
ISBN: 8572322639

368 páginas em formato ePUB

Sinopse: Resgatado pela escuna Ghost, o náufrago Humphrey van Weyden logo descobre que seu pesadelo estava apenas começando: o capitão por quem foi salvo, Wolf Larsen, em vez de deixá-lo no porto mais próximo o obriga a integrar a tripulação de seu navio, onde impõe uma estranha forma de ordem, na qual a violência ganha ares de filosofia e conhecimento do mundo. No peculiar embate entre os dois homens - entre a concepção de mundo primitiva do capitão e a civilidade e o moralismo de seu refém -, Jack London ultrapassa o romance de aventura, fazendo de O Lobo do Mar uma reflexão sobre o bem e o mal, sobre os determinismos darwinianos da vida e a condição humana.




sábado, 3 de janeiro de 2015

A Volta ao Mundo em 80 Dias

Escritor: Júlio Verne
Editora: Moderna

336 páginas no formato Papel
Formato lido: Digital (PDF)
Português

Sinopse:
Phileas Fogg, um inglês pacato, calmo, metódico e solitário, cumpria todos os dias a mesma rotina. Misterioso, nunca compartilhava sua intimidade com ninguém. Mas tudo mudou quando apostou com alguns sócios do clube metade de sua fortuna, afirmando que daria a volta ao mundo em 80 dias! Era o ano de 1872, e ele e seu novo criado, Passepartout, embarcaram em uma aventura que nenhum dos dois imaginava como seria o seu fim!

Personagens Principais:
Mr. Phileas Fogg: cavalheiro inglês, rico e enigmático, que morava em Londres. Ele tinha uma rotina inalterável: acordava às 8h da manhã, fazia a barba às 9h37 e partia para o clube reformador para ler o jornal

Jean Passepartout: criado francês recém-contratado por Phileas Fogg, que o acompanha em sua volta ao mundo. Nas versões brasileiras, também é chamado de "Fura-Vidas" ou "Faz-Tudo".

Detetive Fix: inspetor de polícia britânico que, após ver que a descrição do autor de um assalto ao Banco da Inglaterra se enquadra com a de Phileas Fogg, vai persegui-lo por todos os países tentando capturá-lo.

Sra. Aouda : é uma jovem indiana de beleza europeia e muito agradável que foi salva por Phileas Fogg e Passepartout da morte durante a passagem dos dois pela Índia. Ela segue com eles pelo restante da jornada.

O que eu achei do livro?
Mais um livro da séria -não sei como passei tanto tempo sem ler.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A Tribo

Escritor: Joe Hill e Stephen King
Editora: Arqueiro
ISBN: 4963154 (digital)

Português
Formato Lido: Digital
104 páginas

Sinopse:
Adaptado para o cinema por Steven Spielberg, o conto “Encurralado”, de Richard Matheson, ganhou fama e influenciou diversas histórias e gerações. Quase quarenta anos depois de escrito, ele inspira os mestres do terror Joe Hill e Stephen King em sua primeira parceria. Nesta homenagem, um bando de motoqueiros conhecido como a Tribo corre livre pelas autoestradas norte-americanas. Depois de cometerem dois assassinatos brutais e ainda desnorteados, eles decidem fazer uma parada em um restaurante, sem imaginar que essa será a pior escolha de suas vidas. No estacionamento ao lado, caminhões se espalham pelo pátio e um deles em especial se tornará o pesadelo dos motoqueiros. Dirigido por um motorista sem rosto, ele inicia uma perseguição implacável à Tribo em uma das estradas mais desertas dos Estados Unidos. Neste conto eletrizante, Joe Hill e Stephen King elevam a adrenalina ao máximo e não deixam que o leitor escape antes da última página. - See more at: http://www.editoraarqueiro.com.br/livros/ver/213#sthash.QqLViue5.dpuf

sábado, 2 de agosto de 2014

Jesus Cristo bebia cerveja

Escritor: Afonso Cruz
Editora: Alfaguara
ISBN: 9788579623011

Português
248 páginas no formato Papel
Formato lido: Digital, Kindle

Sinopse: Costuma-se dizer que se Maomé não vai à montanha vai a montanha a Maomé. No centro do novo romance de Afonso Cruz está precisamente este aforismo. Há uma idosa alentejana cujo maior desejo é visitar a Terra Santa. Como a neta não a pode levar lá, é engendrada uma forma de trazer Jerusalém até ao Alentejo. É aqui que reside o aspeto cómico de um romance que se revela no entanto uma tragicomédia.
«É certo e sabido» - lê-se num dos últimos parágrafos - «que o final feliz é uma invenção humana, uma necessidade de obliterar a morte. A vida nunca acaba bem». No caso da vida de Rosa - a personagem principal, neta da tal idosa que queria ir a Jerusalém - a infância também já não foi auspiciosa. Viu o avô atirar-se a um poço, o pai enforcar-se e a mãe fugir de casa.

Cobiçada pelo olhar lúbrico dos homens, Rosa há-de descobrir no professor Borja um cúmplice, primeiro, e depois o objeto da sua trágica dádiva.

É o professor Borja, um erudito sem audiência nem reconhecimento, que há-de preparar o cenário da falsa Jerusalém. Exigindo no entanto a fidelidade a detalhes importantes: entre eles, o facto de Jesus Cristo beber cerveja e não vinho.

Não se trata de uma liberdade ficcional mas de um aspeto que tem sido discutido pela História. O professor Borja é taxativo: «O que se bebia no espaço geográfico em que Cristo habitava era cerveja. O vinho era uma bebida de romanos, dos invasores. Cristo não iria beber a bebida dos ricos, dos opressores».

sábado, 26 de julho de 2014

A Casa dos Budas Ditosos

Autor: João Ubaldo Ribeiro
Editora: Objetiva
ISBN: 8573022396

Português, 161 páginas
Formato lido: Digital, Kindle

Sinopse: 
Ao receber, segundo afirma, um pacote com a transcrição datilografada de várias fitas, gravadas por uma misteriosa mulher, o escritor João Ubaldo Ribeiro não podia imaginar o que o esperava. E é agora você, inocente leitor, que sequer pode suspeitar o que o aguarda em cada uma das páginas deste livro. Nelas se conta uma vida. E a suposta autora teria enviado seu testemunho para que fosse utilizado para o volume sobre a luxúria da Coleção Plenos Pecados. O escritor aceitou o oferecimento e o resultado final está agora diante de você. Que deve preparar-se para um relato pouco comum, às vezes chocante, às vezes irônico, sempre instigante. Na verdade, dificilmente a ficção poderia alcançar os limites do que a devassa senhora viveu e narra em detalhes riquíssimos. Se o leitor tem alguma dúvida, ela logo se dissipará, neste fascinante mergulho na vida espantosa de uma mulher sem dúvida excepcional , cuja narrativa alcança as dimensões de um retrato sociológico de toda uma cultura e uma geração, envolvendo um dos pecados mais indomáveis, e capitais.

O que eu achei: 
Foi minha primeira experiência com João Ubaldo, confesso que só resolvi ler depois de sua morte neste mês. Não sei se escolhi bem o livro, pois ele afirma que é apenas uma transcrição, que do ponto de vista de Lúxuria/Pornografia é fabuloso, mas quero dizer, não sei se retrata realmente a maneira de escrever do João Ubaldo Ribeiro.
Portanto somente terei minha opinião formada após ler um segundo livro.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

FAKE - A história do homem que enganou o mundo

Escritor: J. J. Burdman

Português
Versão lida: Digital, Kindle

Sinopse: Neil Armstrong realmente pisou na lua? Depois de quarenta anos, dúvidas e questões são levantadas a todo momento sobre a maior façanha americana. E se tudo não passasse de uma grande farsa? Quem a teria planejado? Como colocariam um astronauta na “Lua” sem deixar pistas? De onde transmitiriam um evento dessa magnitude? Essas e muitas outras respostas você só vai encontrar lendo FAKE. A história do homem que enganou o mundo. Uma ficção baseada em boatos reais.

O que eu achei do livro:  Daqueles que você não consegue parar de ler. Gostei muito e consegui termina-lo em 2 dias.
A Versão em português tem muitos erros de tradução e erros gramaticais, mas que não atrapalham a leitura. Parece que foram erros de finalização de tradução do livro. Vale a pena ler como uma leitura de fim de semana, sem compromisso de pensar muito.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O Chamado da Floresta

Escritor: Jack London
Editora: L&Pm
ISBN: 8525412236

Português
Formato lido: Digital
158 páginas

Sinopse: Jack London (1876-1916), que tentou a vida no garimpo em 1897, narra neste romance as aventuras de Buck, o privilegiado cão doméstico de uma família californiana. Em meio à febre do ouro, Buck é roubado de seu ambiente e contrabandeado para o Alasca. No caminho, sofre uma série de maus-tratos, até que encontra refúgio em uma irmandade de cães e, assim como os corajosos garimpeiros, vê-se na necessidade de se adaptar à vida selvagem. Buck entra em contato com sua natureza primitiva, em uma jornada de autoconhecimento, e redescobre seus instintos. O chamado da floresta, publicado no formato de folhetim em 1903, deu fama mundial a Jack London e é talvez o romance mais difundido da literatura norte-americana: entre uma e outra aventura em uma das paisagens mais hostis do globo, o leitor é levado a reavaliar seus princípios de civilidade, lealdade e liberdade.

Por que eu li: 
Li um texto muito legal do Felipe Larêdo no Papo de Homem chamado o "O chamado da natureza (Call of the wild) da série Livros pra macho #5, e me despertou uma baita curiosidade no livro.
Atê então eu nunca tinha houvido falar do Jack London.

O que eu achei do livro:
Pois o Felipe tem toda razão, muitas vezes livros escritos de forma simples, desprovidos de frescura tornam a leitura extremamente agradável e não precisam de 400 páginas para se explicar. Veja exemplo neste livro de 150 páginas muito bem resolvido, direto ao assunto, sem floreios, acho que como deve ser a vida de um cachorro, simples e direta. Binária. 0 ou 1, Sim ou Não.

Buck sofreu muito sendo afastado de sua vida de cachorro rico, com luxos e mordomias, mas que, ele ainda não sabia, era desprovida de sentido. É o que acontece muitas vezes com a gente que vive em uma grande cidade, com bons empregos, bons salários e todo a vida "abastada" que o material pode comprar, mas que sempre sente falta de algo mais, mas não sabemos explicar o que falta.
Então, tentamos extravasar em um shopping, ou comprando coisas totalmente sem sentido.

Buck não escolheu viver no Alasca, foi contra sua vontade, foi humilhado, serviu ao mais baixo nível "hierárquico", se é que existe isso na vida de um cachorro, sendo um reles puxador de trenó.
Percebeu que ninguém  se preocupava com sua felicidade e bem estar, e que isto dependia única e exclusivamente dele.

Pois foi nesse cenário adverso que ele despertou, e descobriu quem ele verdadeiramente era. Um líder, livre e totalmente sincronizado com a Natureza.
O Bulk quando aceitou que a vida era assim, e ele com paciência resolvia as intempéries que a vida, e os homens, lhe davam, realmente evoluiu como líder.

Bulk saiu de uma vida luxuosa para um perrengue total e retornou como líder. E mais importante, como um ser FELIZ.

Realmente apaixonante este livro e que me fez refletir bastante.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Caim


Escritor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535915396

Português
176 páginas se lido no formato papel
Formato Lido: Digital, MOBI

Sinopse:
Se, em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", José Saramago nos deu sua visão do Novo Testamento, neste "Caim" ele se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.
Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. A Caim, que leva a marca do senhor na testa e portanto está protegido das iniquidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos. Tal como o diabo de O Evangelho, o deus que o leitor encontra aqui não é o habitual dos sermões: ao reinventar o Antigo Testamento, Saramago recria também seus principais protagonistas, dando a eles uma roupagem ao mesmo tempo complexa e irônica, cujo tom de farsa da narrativa só faz por acentuar.
A volta aos temas religiosos serve, também, para destacar o que há de moderno e surpreendente na prosa de Saramago: aqui, a capacidade de tornar nova uma história que conhecemos de cabo a rabo, revelando com mordacidade o que se esconde nas frestas dessas antigas lendas. Munido de ferina veia humorística, Saramago narra uma estranha guerra entre o homem e o senhor. Mais que isso, investiga a fundo as possibilidades narrativas da Bíblia, demonstrando novamente que, ao recontar o mito e confrontar a tradição, o bom autor volta à superfície com uma história tão atual e relevante quanto se pode ser.


Por que eu li?
Nobel da literatura de 1998.  Fazia tempo que José Saramago estava na minha lista de pendências de leitura. Como no Llosa, fui super preconceituoso e procrastinei ao máximo para ler. Nem sei o porque iniciei com este livro, mas foi uma boa introdução ao Saramago.

O que eu achei:
Bom, foi difícil no começo me adaptar ao esquema de escrita do José Saramago, basicamente são capítulos inteiro sem parágrafos definidos em que você tem que ler como uma explosão, e dá a impressão de que vai perder o folego pela falta de pontuação. Confesso que me perdi muitas vezes por não ser alertado com pontos de exclamação e interrogação, bem como os diálogos não são bem definidos.
Entendo que está é sua característica principal, quero dizer, este dialogo quase que como você estivesse ouvindo as personagens. Só fui me adaptar no meio do livro.

A trama e o humor são também características envolventes do José Saramago, e depois que você se adapta ao tipo de escrita não quer mais parar de ler.

Tempo de leitura: 176 páginas em 2 dias. Média de 88 ao dia.