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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Um Certo Capitão Rodrigo


Quando Rodrigo Cambará Surge No Povoado De Santa Fé, Em Outubro De 1828 - A Cavalo, Chapéu Caído Na Nuca, Cabeleira Ao Vento, Violão A Tiracolo -, Parece Chamar Encrenca. Com A Patente De Capitão, Obtida No Combate Com Os Castelhanos, É Apreciador Da Cachaça, Das Cartas E Das Mulheres. Homem De Espírito Livre, Não Combina Com Os Habitantes Pacatos Do Local, Mantidos No Cabresto Pelo Despótico Coronel Ricardo Amaral Neto.

Depois De Conhecer Bibiana Terra, No Entanto, Nada Convence Rodrigo A Arredar O Pé Da Aldeia. Nem A Aspereza De Pedro, Pai De Bibiana, Nem A Zanga Do Coronel, Que Não Vê Com Bons Olhos Os Modos Do Capitão. Nem Mesmo O Fato De A Moça Ser Cortejada Por Bento Amaral, Filho De Ricardo. Voluntariosa, Bibiana Desconfia Das Intenções Do Forasteiro. Rodrigo, Porém, Está Apaixonado Por Ela E Quer Casar-Se. Como Ele Mesmo Diz, Não Tem Medidas, ""É Oito Ou Oitenta"". Para O Capitão Cambará, É Matar Ou Morrer, Num Descomedimento Que Sugere O Descortinar De Uma Crise Anunciada.

Descrente Dos Valores Prefixados, Sejam Eles Impostos Pelo Governo Ou Pela Igreja, Rodrigo É Insubordinável: ""Se Deus Fez O Mundo E As Pessoas, Ele Já Nos Largou, Arrependido"". Personagem Multifacetado, Ora Simpático Ora Cruel, Revela O Poder De Erico Verissimo De Criar Figuras Cativantes. Extrato Da Trilogia O Tempo E O Vento Um Certo Capitão Rodrigo Mescla À Ficção Fatos Da História Brasileira, Como A Revolução Farroupilha. Foi Lançado, Ainda Em Vida Do Autor, Como Romance À Parte, Dotado Que É De Vigor E Encantamento Próprios.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A Arte de Produzir Efeito Sem Causa

Esta obra conta a trajetória de Júnior que depois de largar o emprego e a mulher por motivos que guardam uma infeliz coincidência, pede abrigo na casa do pai. Enquanto se entrega a reminiscências e persegue objetivos pequenos e imediatos como a próxima refeição, o resgate de uma dívida com o antigo chefe, o dinheiro para o próximo cigarro, Júnior começa a roer a corda que separa sanidade e loucura. Lourenço Mutarelli também é autor de livros como ''O cheiro do ralo'' e ''O natimorto''.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Toda luz que não podemos ver


Foi considerado um dos melhores livros de 2014, segundo a Amazon, e também foi ganhador do Prémio Pulitzer de 2015 na categoria Ficção, assim como também ganhou o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction em 2015.

Confesso que comecei a ler este livro sem muitas expectativas, e nas primeiras 100 páginas, de 500, achei um pouco confuso, com uma maneira de contar a história bem diferente do tradicional. Porém, nem por isso, menos interessante e gostoso de se ler. O escritor muda constantemente a linha lógica dos acontecimentos, contando coisas que ainda irão acontecer e depois voltando ao passado e explicando o que aconteceu, como aconteceu e os porquês. Isso faz um exercício mental gigantesco. Tu tens que montar um quebra-cabeças da história e unir os pontos que, depois de um tempo gostei bastante deste jeito de se ler. É como ler um dos capítulos finais, voltar e ler um capitulo inicial, passar para um capitulo do meio do livro, e assim por diante. Além de, até mais ou menos a metade do livro a história se passa de maneira paralela e você não consegue entender onde elas irão se unir e em que ponto.

Tudo se passa durante a 2ª Grande Guerra e conta a história simultanea (vou fazer o possível para não dar spoiler) de um jovem Alemão e uma Jovem Francesa.

O escritor entra em detalhes do ambiente de guerra, as privações, tanto do lado Francês, quanto do lado Alemão, as sacanagens do governo, o medo do povo. Realmente é impressionante.

A Marie-Laure, que é a protagonista, vive em Paris, bem perto do Museu de História Natural, em que seu pai trabalha. Ela teve um problema de visão quando criança, porém isso não a fez menos fascinada pela vida e curiosa pela Natureza e ciência.

Já o órfão Werner, o segundo protagonista, cresceu com a irmã mais nova em uma região de minas na Alemanha, fascinado pela ciência, em particular por rádios, que, pode imaginar a inovação que era em 1944? Fico imaginando que o rádio, em termos de tecnologia, era algo próximo ao WhatsApp, lógico que guardada as devidas proporções e funções.
Com o tempo ele acaba se tornando especialista e isto lhe concede uma oportunidade em uma escola nazista.

Eu tenho sempre o péssimo hábito de generalizar, quando se fala de 2ª Guerra, Alemães e Nazistas, mas o relato deste jovem na escola Nazista mostra também que os Jovens alemães eram (sem generalizar novamente) vitimas do sistema Nazista que se formou. Eles eram massacrados por professores tiranos e eram projetados para a Guerra. Não se tinha escolha nenhuma.

A história se desenrola em torno desses dois jovens e os tenebrosos acontecimentos em Sain-Malo, cidade no Norte da França e o suporte dado a chegada dos exércitos dos Aliados na Normandia.

Dramas pessoais e morais são constantes, bem como a estratégia de ambos para sobreviver à 2ª Guerra Mundial.

Super recomendo! 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Fahrenheit 451

A ideia do livro é mais atual do que nunca, principalmente nos tempos atuais onde lideres de grandes países promovem a "desinformação", teorias conspiratorias e perseguições a minorias. 

Guy Montag é um bombeiro. Mas ser bombeiro em Farenheit 451 é diferente do que conhecemos dos bombeiros de hoje, na verdade sua função é queimar, e não apagar. A profissão de bombeiro na época é para colocar fogo nos livros. 

451 em Farenheit é a temperatura da combustão do papel, aproximadamente 233 graus Celsius. 

Foi um livro que motivou a minha leitura, fiquei fissurado em termina-lo. Fico imaginando o que passou pela cabeça do Sr. Ray Bradbury para escrever um livro nos anos 50 com esta temática. 

Li em algum lugar que na época os Estados Unidos passava por várias transformações sociais, entre elas uma terrível censura a cultura durante a Guerra Fria. Ele não acreditava que o universo apresentado por ele neste livro tornaria-se realidade em um futuro próximo.

Tudo acontece, como disse acima, de maneira muito rápida. O escritor não "enrola" para contar sua histórica. Basicamente livros são proibidos e o governo quer que a literatura seja extinta. Quem carrega livro é tratado como criminoso e por isso, muitas vezes é queimado junto com seus livros.

As pessoas vivem a base de telas. 👿 Isto lhe parece familiar?

 
Após um dia de trabalho, ao voltar para casa, Guy Montag conhece uma menina chamada Clarissa, que coincidentemente era sua vizinha. Montag até então nunca havia questionado seu trabalho e sua rotina de vida até conhecer a Clarissa, que para o ambiente do livro tinha uma vida e família deveras suspeita.

A partir daí o livro se desenrola abruptamente e a vida de Montag muda de maneira drástica.

É um clássico da ficção científica e da distopia com uma censura animal ao governo americano dos anos 1950 – 

"Bradbury costumava dizer que a proibição a livros não foi o motivo central que o levou a compor a obra, e sim a percepção de que as pessoas passavam a se interessar cada vez menos pela literatura com o surgimento de novas mídias, como a televisão. Com o passar do tempo, Fahrenheit 451 ganhou muitas camadas de interpretação: a história de um burocrata que questiona a vileza do seu trabalho, o poder libertador da palavra, a estupidez da censura às artes."




sábado, 24 de outubro de 2020

A Rebelião de Lúcifer

SINOPSE DA AMAZON:

Em A rebelião de Lúcifer, o escritor J. J. Benítez traz um novo olhar para o príncipe das trevas, que é um dos personagens mais intrigantes e polêmicos de todos os tempos, em um romance que narra a história da Terra, de sua criação até o legado que carregamos.

Uma obra com muitos mistérios, um livro que surpreenderá a todos e que só a grandeza de J. J. Benítez poderia executar com tanta maestria.

domingo, 20 de setembro de 2020

O Clube do Livro do FIm da Vida

 “O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Em 2007, ela retornou de uma viagem de ajuda humanitária ao Paquistão e ao Afeganistão doente. Meses depois, foi diagnosticada com um tipo avançado de câncer no pâncreas. Toda semana, durante dois anos, Will acompanha a mãe às sessões de quimioterapia. Nesses encontros, conversam um pouco sobre tudo, de coisas triviais como o café da máquina ao que, para eles, realmente importa: a vida e os livros que estão lendo. A lista vai do clássico ao popular, da poesia ao mistério, do fantástico ao espiritual. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos. As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com o mundo. Em O clube do livro do fim da vida, o autor faz uma declaração de amor à mãe, percorrendo a vida da corajosa e especial Mary Anne, a carreira nos anos 1960, o trabalho voluntário em países em guerra e, finalmente, o projeto de fundar uma biblioteca nômade no Afeganistão. Mesmo muito debilitada, ela não abre mão de fazer com que o tempo que lhe resta seja útil - para a família, os amigos ou uma criança necessitada do outro lado do mundo. Uma alegre e bem-humorada celebração da vida.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Eu sou o mensageiro


Seu emprego: taxista. Sua filiação: um pai morto pela birita e uma mãe amarga, ranzinza. Sua companhia constante: um cachorro fedorento e um punhado de amigos fracassados.

Sua missão: algo de muito importante, com o potencial de mudar algumas vidas. Por quê? Determinado por quem? Isso nem ele sabe.

Markus Zusak, autor do best-seller A Menina que Roubava Livros , nos fornece essas respostas bem aos poucos neste incomum romance de suspense, escrito antes do seu maior sucesso. O que se sabe é que Ed, um dia, teve a coragem de impedir um assalto a banco. E que, um pouco depois disso, começou a receber cartas anônimas. O conteúdo: invariavelmente, uma carta de baralho, um ou mais endereços e... só. Fazer o que nesses lugares? Procurar quem? Isso ele só saberá se for. Se tentar descobrir. E, com o misto de destemor e resignação dos mais clássicos anti-heróis, daqueles que sabem não ter mesmo nada a perder nesse mundo, é o que ele faz.

Ed conhecerá novas pessoas nessa jornada. Conhecerá melhor algumas pessoas nem tão novas assim. Mas, acima de tudo, a sua missão é de autoconhecimento. Ao final dela, ele entenderá melhor seu potencial no mundo e em que consiste ser um mensageiro.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Sete dias sem fim


Best-seller do The New York Times.

“Um livro bem-humorado e inteligente... Tropper apresenta um bando de parentes divertidos e problemáticos. Os diálogos são rápidos e estimulantes, mas o livro tem densidade.” – The New York Times

“O talentoso e divertido Jonathan Tropper volta a atacar com um livro de chorar de rir e de cortar o coração. Sete dias sem fim é real e angustiante – quando não é hilário.” – USA Today

Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer.

Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura.

Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor.

Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não

quarta-feira, 24 de junho de 2020

A Desumanização

Texto Escrito por: Eliana de Castro em https://faustomag.com/a-desumanizacao-de-valter-hugo-mae-e-como-uma-sinfonia/


Perder um irmão, terrível. Perder um irmão gêmeo, perder uma parte de si. Halla perde sua irmã gêmea, Sigridur, aos 11 anos.

Nos fiordes da Islândia é que se passa o romance de Valter Hugo Mãe: A Desumanização. 

A personagem Halla assiste sua irmã Sigridur morrer. Ou melhor: ser plantada “para nascer árvore”, como assim contaram para ela.

Todos os sentimentos que viveu com essa perda são cheios de analogias ricas: “O mar era um diamante líquido.”

Outras vezes são até difíceis de absorver devido à profundidade: “Os livros. Eram os livros. Diziam-me coisas bonitas e eu sentia que a beleza passava a ser um direito.”

Mãe é maestro. Sua escrita é uma arte. Ritmo, beleza, encantamento. Uma sinfonia! É história que consome a mente e as emoções.

A voz é o tempo todo de Halla. Sua mente de garota ainda ingênua começa a trama, mas não a encerra. Há um amadurecimento em sua fala até o fim do livro. A menina que se embaraça em sentimentos diversos sobre família, Deus, ternura, ódio e desejo transmite um amor belíssimo pela irmã, a quem apresenta com igual beleza, tornando-a quase sagrada:

“Estávamos furiosamente habituadas a cair e a esfolar os joelhos e as mãos quando fugimos do Einar. Comparávamos as feridas. Queríamos ter as feridas iguais. Quando tínhamos as feridas iguais até ficávamos felizes. (…) Era fundamental que fôssemos cada vez mais gêmeas.”

Einar é o menino feio a quem a irmã morta pedia para Halla nunca se apaixonar. O problema era a feiura. Ele aparece muito nas lembranças da personagem até que assume um lugar especial em sua vida, o que muda um pouco a ligação entre as irmãs. Halla começa a amadurecer, notar transformações em seu corpo, e pensa o tempo todo em como seria a aparência de Sigridur. “Voltaríamos a ser gêmeas mais tarde.”

Esse tempo que passa deixa em Halla o desejo de proteger as melhores lembranças. E não só as lembranças da irmã morta, as do pai também, a quem ama, cujas poesias tocam a garota profundamente.

São passagens belíssimas que Valter Hugo Mãe constrói: “Queria proteger contra o esquecimento. A maior vulnerabilidade do humano, a contingência de não lembrar e de não ser lembrado.”

O que A Desumanização traz ainda de belo, pelas bordas, é o amor da personagem, assim como de seu pai, pelas palavras, pelos livros. É fácil arriscar que se trata também do amor maior do escritor português. Em vários trechos do romance este amor fica evidente. Um deles entre os mais lindos trata da beleza, dos livros e de sua capacidade de salvar.

“Senti-me muito feia por andar ainda atrás da beleza. Era tão diferente de fugir. O meu pai desentristeceu-me. Prometeu que leríamos um livro. Os livros eram ladrões. Roubavam-nos do que nos acontecia. Mas também eram generosos. Oferecia-nos o que não nos acontecia. Se a minha mãe se deitasse cedo, leríamos como quem partia dali para fora. Para longe. Estás a ouvir, mana. Punha a cabeça de encontro ao livro como se para ler fosse necessário mergulhar. Servia de ilusão.”

Valter Hugo Mãe é português, nascido em Saurimo, cidade angolana antes chamada Henrique Carvalho.

Escritor premiado, o livro que o lançou ao mundo – que venceu o Prémio Literário José Saramago – foi O Remorso de Baltazar Serapião. Além de escritor, Mãe também é editor, artista plástico, apresentador de televisão e cantor.

A Desumanização é dedicado ao renomado compositor islandês Hilmar Örn Hilmarsson, quem Valter diz ter “combatido todas as suas tristezas redimindo tudo a partir da beleza.” Essa beleza que é notória em seu texto.

O livro também faz referência à sua própria infância, quando imaginava o irmão falecido Casimiro à sua própria imagem. Valter pensava que o coração do irmão debaixo da terra era como um caroço. São, então, do próprio coração de Valter Hugo Mãe, parte dos sentimentos de Halla.

sábado, 23 de maio de 2020

sábado, 28 de março de 2020

O código da Vinci

O Código Da Vinci – Wikipédia, a enciclopédia livreRobert Langdon, conceituado simbologista, está em Paris para fazer uma palestra quando recebe uma notícia inesperada: o velho curador do Louvre foi encontrado morto no museu, e um código indecifrável encontrado junto do cadáver. Na tentativa de decifrar o estranho código, Langdon e uma dotada criptologista francesa, Sophie Neveu, descobrem, estupefactos, uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou. Tudo se complica quando Langdon descobre uma surpreendente ligação: o falecido curador estava envolvido com o Priorado de Sião, uma sociedade secreta a que tinham pertencido Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Da Vinci, entre outros.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Sede de Viver

Biografia de um dos maiores gênios da pintura que já existiu: Vincent Van Gogh, o livro deu origem ao filme homônimo de 1956.

Conta desde o inicio a saga de Vincent e o suporte de seu irmão, Theo, para ser tornar um dos maiores pintores de sua geração.

É impressionante a gana para aperfeiçoar o que já é perfeito.

O livro foi escrito por Irving Stone (1903-1989), escritor americano, conhecido principalmente por seus romances biográficos de artistas famosos, políticos e intelectuais; Entre os mais conhecidos estão o Sede de viver, e, A Agonia e o Êxtase, sobre Michelangelo, que quero ler quando for possivel.

Irving Stone escreveu este livro suportado pelas cartas que Vincent trocuo com seu irmão por mais de 10 anos, pelo que sei foram mais de 900 cartas, e inclusive existe um livro falando sobre elas que também deve ser bem legal.

Apesar deste suporte, o livro mantém uma visão romantizada sobre o pintor, inclusive com algumas imprecisões propositais que o escritor deixa bem claro ao final do livro. É um livro apaixonante sobre o artista holandês. Passa por toda a vida adulta de Vincent, o relacionamento com seus parentes, com os pais, mas principamente a amizade com o irmão Theo, a relação intensa com a religião e
com o comunismo e todas as loucuras vividas, até o SUPOSTO suicídio.

Li este livro no formato digital. Estava no meu Kindle já um baita tempo e eu nem me lembrava que era do Van Gogh. Sem querer comecei a ler e foi tão ipnotizante que em 2 dias terminei a leitura. Foi tão interessante e impressionante que eu parava de tempos em tempos para ver os quadros que ele estava reproduzindo, ver os mapas das cidades onde ele estava e até as ruas de Paris por onde ele passava. Livro fantástico, que apesar desta versão digital conter um monte de erros gramaticais, vale a pena ser lido.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Trem Noturno para Lisboa

Fenômeno editorial na Alemanha — onde ultrapassou a marca de dois milhões e meio de exemplares vendidos e ficou anos nas listas dos principais veículos —, Trem noturno para Lisboa extrapolou as fronteiras da literatura. Terceiro romance de Pascal Mercier, na verdade o professor de filosofia Peter Bieri, ganhou ares de expressão idiomática, usada para designar mudanças de vida. Mercier cria um personagem emblemático, o português Amadeu do Prado. Herói literário com o único objetivo de retratar seu criador. Invenção tão perfeita, que, nos últimos anos, muitos estrangeiros se deslocam para terras lusitanas em busca do escritor fictício. Tudo começa numa manhã chuvosa, quando Raimundo Gregorius, um homem culto, professor de línguas clássicas, impede que uma mulher se jogue de uma ponte em Berna. O professor se encanta com os sons do balbucio incoerente da suicida. Ao questionar que língua é aquela, fica sabendo se tratar do português. Hipnotizado pela musicalidade do idioma, acaba por comprar um livro do autor português Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado Um ourives das palavras. Uma reflexão sobre as múltiplas experiências da vida: solidão, finitude e morte, amizade, amor e lealdade. Fascinado por Prado, Gregorius tenta compreender o misterioso escritor, um médico que morreu 30 anos antes. A obsessão o faz largar sua rotina bem organizada e pegar o trem noturno para Lisboa. Numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio. Ao longo das investigações que o levam pelas vielas da capital portuguesa, ele encontra pessoas que conheceram Prado. E constrói a imagem de um médico e poeta admirável, que lutou contra Salazar. Gozou de enorme popularidade até salvar a vida de um oficial da polícia secreta. Depois disso, as pessoas que o veneravam passaram a evitá-lo. Na tentativa de se redimir, trabalhou para a oposição clandestina. Gregorius se descobre antítese de Prado, um homem inquieto, capaz de desafiar os pontos de vista ortodoxos. Agora, através de sua influência póstuma, o prudente professor é impulsionado a mudar. Mas o que significa conhecer outra pessoa, compreender outra vida? O que significa para o conhecimento de nós mesmos? É possível fugir da rotina? Este romance é uma epopeia multifacetada de uma viagem através da Europa e do nosso pensar e sentir.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

O caminho de Los Angeles

Arturo Bandini é um sensível e temperamental ítalo-americano que procura de todas as formas atingir o propósito máximo de sua vida - se tornar um escritor de prestígio. Mas, após a morte do pai, ele precisa sustentar a família e se vê forçado a trabalhar. Bandini lava pratos, carrega caixotes, serve de atendente em uma mercearia e é sempre demitido. Acaba, por indicação de um tio, empregado em uma nauseabunda indústria de sardinhas enlatadas. Para ele, entretanto, tudo isso é uma enorme perda de tempo. Devorando as obras de Nietzsche e pronunciando palavras difíceis, Bandini não tem dúvidas de que é um dos maiores autores vivos - mesmo que seus textos nunca tenham sido apreciados por ninguém

sábado, 14 de abril de 2018

Lolita

Escritor: Vladimir Nabokov

Lolita é um dos mais importantes romances do século XX. Polêmico, irônico, tocante, narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras e seus desejos mais agudos.

A obra-prima de Nabokov, agora em nova tradução, não é apenas uma assombrosa história de paixão e ruína. É também uma viagem de redescoberta pela América; é a exploração da linguagem e de seus matizes; é uma mostra da arte narrativa em seu auge. Através da voz de Humbert Humbert, o leitor nunca sabe ao certo quem é a caça, quem é o caçador.

Nabokov compôs a maior parte do manuscrito — que ele mesmo chamou de “bomba-relógio” — entre 1950 e 1953. Nos dois anos seguintes, ouviu recusas de cinco editoras norte-americanas (“pura pornografia”, disse-lhe uma). Em 1955, foi finalmente aceito por uma obscura editora francesa, a Olympia Press. Em junho, assinou o contrato; em outubro, recebeu os primeiros exemplares, cheios de erros tipográficos.

O livro inicialmente não foi bem-recebido; uma revista pensou em publicar trechos, mas foi desaconselhada por advogados. No início de 1956, sua sorte mudou. Graham Greene havia colocado Lolita entre os melhores livros de 1955 numa edição do Sunday Times. A repercussão cresceu; em agosto de 1958, foi finalmente publicado nos EUA. Em setembro, alcançou o primeiro lugar na lista de mais vendidos. O sucesso faria com que Nabokov deixasse de dar aulas para viver apenas de sua literatura.

“Num primeiro momento, a conselho de um velho e calejado amigo, tive a humildade de estipular que o livro deveria ser lançado anonimamente. Duvido que eu jamais vá me arrepender de pouco depois, percebendo o quanto a máscara tenderia a trair minha causa, eu ter decidido assinar Lolita”, escreve o autor no posfácio Um livro intitulado Lolita. No texto, escrito em 1956 para a edição americana, Nabokov faz esta e outras reflexões sobre sua motivação para escrever Lolita, a gênese da obra, a dificuldade para publicá-la e sua polêmica repercussão.

Sobre as acusações de imoralidade, o autor escreve: “Lolita não traz a reboque moral alguma. Para mim, uma obra de ficção só existe na medida em que me proporciona o que chamarei sem rodeios de prazer estético, isto é, a sensação de que de algum modo, em algum lugar, está conectada a outros estados da existência em que a arte (a curiosidade, a gentileza, o êxtase) é a norma. Não existem muitos livros assim.”

“Antiamericano” foi outro adjetivo atribuído à obra: “Isto é algo que me dói consideravelmente mais que a acusação idiota de imoralidade. (...) Considerações de profundidade e perspectiva (um gramado nos subúrbios, uma campina nas montanhas) levaram-me a construir uma variedade de cenários norte-americanos. (...) Só escolhi os motéis americanos em vez de hotéis suíços ou estalagens inglesas porque estou tentando ser um escritor americano e reivindico os mesmos direitos concedidos aos outros escritores americanos. (...) E todos os meus leitores russos sabem que meus velhos mundos — russo, britânico, alemão, francês — são tão fantasiosos e pessoais quanto o meu novo.”

Sua Lolita, segundo Nabokov, não foi inspirada em nenhuma personagem real, muito menos o sedutor de meia idade Humbert Humbert. 'Lolita é ficção da minha imaginação. Quando pensei no tema, não pensei em nenhuma garota especificamente. Na verdade, eu não conheço meninas tão bem, apenas as havia encontrado socialmente ao longo da vida. Humbert também nunca existiu. É um homem que eu inventei, um homem com uma obsessão, assim como muitos dos meus personagens sofrem de algum tipo de obsessão. Enquanto eu escrevia o livro, vários casos de homens mais velhos perseguindo jovens garotas começaram a ser publicados nos jornais, mas eu encarava isso apenas como uma interessante coincidência', declarou o autor em entrevista a BBC inglesa concedida em 1962.

Mas uma das melhores definições da obra-prima é mesmo do próprio autor. Ainda no posfácio de 1956, Nabokov usa a seguinte metáfora para explicar sua relação com o livro mais famoso: “Todo escritor sério, atrevo-me a afirmar, percebe este ou aquele livro que publicou como uma presença permanente e reconfortante. Sua chama-piloto está sempre acesa em algum ponto do porão, e basta um toque aplicado a nosso termostato particular para provocar uma pequena e discreta explosão de calor familiar. (...). Não reli Lolita desde que revisei suas provas na primavera de 1955, mas o considero uma presença deleitável agora que ele paira discretamente pela minha casa, como um dia de verão que sabemos que está luminoso por trás do nevoeiro.”

O que achei: Nabokov, sem falar um único palavrão ou se utilizar de palavras chulas, consegue fazer um livro sensual, que te faz, horas ficar enojado com o comportamento doentio do protagonista e horas te compaixão de suas muitas vezes inocência.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Caninos Brancos

Escritor: Jack London

Formato Digital

Sinopse: Caninos Brancos é um lobo nascido no território de Yukon, no norte congelado do Canadá, durante a corrida do ouro que atraiu milhares de garimpeiros para a região. Capturado antes de completar um ano de idade, é usado como puxador de trenó e obrigado a lutar pela sobrevivência em uma matilha hostil. Mais tarde repassado a um dono inescrupuloso, é transformado em cão de rinha e, mesmo depois de resgatado desse universo de violência, ainda precisa de um último ato de heroísmo para conseguir sua redenção e finalmente encontrar seu lugar no mundo.
Percorrendo o caminho inverso ao do traçado em O chamado selvagem (1903), em que um cão domesticado é obrigado a se adaptar à vida na natureza, em Caninos Brancos (1906) Jack London narra a história de um animal que precisa suprimir seus instintos para sobreviver na civilização. Grande sucesso de público desde o lançamento, já foi traduzido para mais de oitenta idiomas e adaptado diversas vezes para o cinema, os quadrinhos e a TV.

domingo, 16 de julho de 2017

Os mercadores da Noite

Autor: Ivan Sant'Ana


Editora: Sextante

Formato: Digital, aproximadamente 448 páginas

Sinopse: "Os mercadores da noite tem um enredo que supera, e muito, os <romances de homens de negócio> lançados às dúzias. Por dois motivos básicos: primeiro, consegue dar uma perspectiva real do que acontece num dos cenários mais fascinantes do mundo, o mercado financeiro global - sem deixar o leitor entediado; segundo, foge do padrão estereotipado de tantas obras do gênero."   Cláudio Gradilone, Gazeta Mercantil

Com a experiência de quem atuou na área por mais de 30 anos, Ivan Sant'Anna criou um thriller surpreendente e emocionante, que tem o ritmo nervoso dos pregões das grandes bolsas de valores.

Julius Clarence é um operador financeiro extremamente bem-sucedido, que deixou a Bolsa de Mercadorias de Chicago para conquistar Wall Street e várias empresas. Mas num mercado tão competitivo, tamanho sucesso vai lhe render, além de uma grande fortuna, um grande inimigo: Clive Maugh. Após muitos anos de disputa entre esses dois gigantes do mercado de capitais, Julius cria um plano para destruir o rival e provocar um colapso na economia mundial, mesmo que para isso seja necessário sacrificar sua própria empresa.

sábado, 15 de abril de 2017

24 horas na vida de uma mulher

Escritor: Stefan Zweig
Editora: L&M Editores

Sinopse: Em um hotel em Monte Carlo, em meio a um grupo de ricos viajantes, o caso de uma respeitável mulher que abandonou o marido por um sedutor domina a discussão. Uma das senhoras presentes acaba fazendo uma confissão sobre as 24 horas mais importantes da sua vida: um dia ocorrido décadas atrás, em que ela conheceu e se apaixonou por um jovem que havia perdido tudo no jogo e que pensava em suicídio. Sigmund Freud tinha predileção por 24 horas na vida de uma mulher, um dos textos mais difundidos de Stefan Zweig (1881-1942). Nesta novela, Zweig demonstra sua habilidade para mergulhar na existência alheia e aborda magistralmente temas que lhe eram caros e que permanecem atuais, como compulsão, obsessão e paixão.

sábado, 22 de outubro de 2016

The Adventures of Tom Sawyer

Author: Mark Twain

English
Kindle format

Sinopse:The Adventures of Tom Sawyer by Mark Twain is an 1876 novel about a young boy growing up along the Mississippi River. The story is set in the fictional town of St. Petersburg, inspired by Hannibal, Missouri, where Twain lived. Tom Sawyer lives with his Aunt Polly and his half-brother Sid. Tom dirties his clothes in a fight and is made to whitewash the fence the next day as punishment. He cleverly persuades his friends to trade him small treasures for the privilege of doing his work. He then trades the treasures for Sunday School tickets which one normally receives for memorizing verses, redeeming them for a Bible, much to the surprise and bewilderment of the superintendent who thought "it was simply preposterous that this boy had warehoused two thousand sheaves of Scriptural wisdom on his premises—a dozen would strain his capacity, without a doubt." Tom falls in love with Becky Thatcher, a new girl in town, and persuades her to get "engaged" by kissing him. But their romance collapses when she learns Tom has been "engaged" previously to Amy Lawrence. Shortly after Becky shuns him, he accompanies Huckleberry Finn to the graveyard at night, where they witness the murder of Dr. Robinson.

sábado, 21 de maio de 2016

Orgulho e Preconceito

Escritora: Jane Austen
Editora: Landmark

400 páginas no formato digital

Sinopse: Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, 'Orgulho e Preconceito', antes dos 21 anos de idade. Assim como em outras obras de Austen, o livro é escrito de forma satírica. 'Orgulho e Preconceito', pode ser considerado como especial porque transcende o preconceito causado pelas falsas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos errôneos feitos a outras pessoasA autora revela certas e posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e satírico ao livro. As emoções e sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de Jane Austen, uma vez que encobertos nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz em 'Orgulho e Preconceito'; ela é capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso. O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor á obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para uma caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.Considerado a obra prima de Jane Austen, 'Orgulho e Preconceito' ganhou diversas versões para o cinema e televisão, a mais recente em 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais.