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segunda-feira, 29 de março de 2021

A Incrível Viagem de Shackleton

Resenha] A Incrível viagem de Shackleton | Jovem Administrador

Com certeza, depois de ler este livro, e ao estar perdido na Antártida, você irá desejar ter como líder o Shackleton.

Após quase dois anos, Shackleton, unindo um espirito de liderança impar, sobreviveu e conseguiu trazer toda a sua tripulação de volta a civilização.

Shackleton, e atenção ao aviso de spoiler, na minha nos mostrou excelentes atitudes de liderança, e que foi o meu maior aprendizado neste livro.

Primeiro de tudo, FOCO. Na missão original de Shackleton, ele deveria atravessar o Continente, só isso! (só isso?) mas ao longo dos acontecimentos, seu foco foi mudando e antes do 1º terço da missão já estava bem claro qual deveria ser seu objetivo principal. Em nenhum momento ele se desviou de seu foco. Foi obstinado, doente em atingir seu objetivo, o que fez a grande diferença. 

A missão original de Shackleton era grandiosa, prometendo uma fama nunca antes vista, glória e conquistas científicas. Depois que o seu navio ficou preso no gelo a 150 milhas da costa, ele mudou sua missão para uma missão focada em levar todos para casa inteiros. Esse novo foco impulsionou as ações de Shackleton ao longo dos meses gelados na Antártica, mantendo o homem e sua equipe vivos.

Em segundo lugar, CAPACIDADE DE IMPROVISO. Ele deve ter ficado arrasado quando seu navio encalhou, mas ao invés de se abater, ele seguiu um novo objetivo e improvisou nas soluções para resolver a difícil situação em que se encontrava.

ALTA DOSE DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Shackleton tinha bem claro de que inteligência emocional era fundamental em um momento de crise, e um bom líder deveria ter uma dose grande dela.

Em condições de extrema dificuldade, é fundamental que a fortaleza emocional de uma pessoa seja robusta. Shackleton sabia utilizar bem este fato e as vezes, utilizava de empatia com seus homens, porém, em outros momentos, ele mantinha distância para manter, e mostrar seu comando.

PERSISTÊNCIA E RESILIÊNCIA. Imitando o nome de seu navio "Endurance", Shackleton nunca desistiu do inferno, maré alta ou gelo congelante em que havia se metido. 

Mesmo estando ele, Shackleton salvo, ele fez de um tudo para voltar ao inferno e salvar o restante da tripulação.

Capacidade de GERENCIAR DETALHES VITAIS fizeram com que, enquanto mantinha o olhar firmemente fixo em sua missão de sobrevivência, cuidasse com pulsos de ferro na gestão e logística dos alimentos. Shackleton sabia que o diabo morava nos mínimos detalhes. Dois exemplos que são dignos de nota:

  • Escala de plantão: Shackleton trabalhou todos os dias na escala de serviço. Ele determinou quem fazia o quê, quando e onde, mudando as pessoas quando necessário. Isso continuou apesar das circunstâncias climáticas adversas ou do baixo moral que atormentavam o grupo.
  • Comida: Shackleton focou na necessidade de alimentar e dar água a seus homens durante toda a provação. Isso ocorreu embora os suprimentos estivessem diminuindo. Para levantar o ânimo, celebrações eram realizadas em ocasiões festivas, muitas vezes com carne fresca de pinguim complementada por alimentos secos do navio

Para manter os níveis de energia de seus homens, ele os reunia todas as noites no navio (e mais tarde no gelo) com um dos banjos masculinos. Isso ajudou a garantir que haveria momentos de camaradagem e diversão, aliviando o estresse, o cansaço e o medo da situação precária.


Além de tudo isso, Shackleton COMPARTILHAVA LIVREMENTE AS INFORMAÇÕES COM SUA EQUIPE, e na situação adversa em que se encontrava, Shackleton entendeu que era muito importante se comunicar com frequência.

Ele garantiu que as informações fluíssem livremente para sua tripulação. Sua partilha regular mantinha todos informados da situação no dia a dia.

Essas práticas de comunicação são provavelmente mais vitais do que nunca no ambiente hiper conectado como o  de hoje.


Porém, o não menos importante, APRENDER COM SEUS ERROS! 

Alguns dos erros graves que ele cometeu resultaram em esforços de resgate demorando muito mais do que deveriam. No entanto, ele não lamentou por causa de seus erros. Levantou a cabeça, mudou rapidamente seu curso, concentrou as energias neste novo caminho e continuou sua caminhada.


Nada de ficar chorando!


Este processo contínuo de aprendizagem e adaptação manteve o homem e sua tripulação vivos no ambiente mais hostil do mundo.

O livro é muito legal pois recuperou os diários e entrevistas com alguns membros da Expedição, Alfred Lansing reconstrói as dificuldades que a tripulação do Endurance enfrentou. 



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia (RELEITURA)

SINOPSE WOOK: Este não é um livro de história da filosofia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filosófica que dialoga com a filosofia e sua história, movido por uma intenção específica: ser desagradável para um tipo específico de pessoa (que, espero, seja você ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que, espero, seja o seu ou o de algum amigo seu)

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Jornada da Esperança: A Saga do St. Louis

Sol e Lisa são duas crianças a bordo do St. Louis, um navio cheio de passageiros judeus que fogem da Europa para salvar suas vidas. 

O St. Louis, um luxuoso transatlântico, deixa a Alemanha em 1939, levando seus quase mil passageiros para um porto seguro do outro lado do oceano. Eles terão a chance de recomeçar a vida em países como Cuba e Estados Unidos, longe do regime nazista antissemita. Lisa e sua família ocupam uma grande cabine na primeira classe, enquanto Sol e seus pais estão lá embaixo na classe turística. Eles não se conhecem, mas compartilham uma mistura de sentimentos: animação por estar cruzando o oceano, esperança no futuro e tristeza por estar deixando tudo para trás. 

O otimismo de Sol e Lisa é ameaçado quando o navio é impedido de atracar no porto em Cuba. Será que as crianças terão outra chance de refúgio? Ou será que, em outros portos, um futuro sombrio pode estar à espera delas?


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

O Homem mais rico da Babilônia


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Escritor: George Samuel Clason
Editora: Ediouro

Português, Formato Digital, aproximadamente 144 páginas

Sinopse: A origem deste livro é uma das mais curiosas, com uma certa aura romântica a envolvê-la. George Samuel Clason, o autor, nascido no Louisiana em 1874, foi militar, homem de negócios e escritor.

Por volta de 1926, lembrou-se de escrever uma série de panfletos informativos sobre como alcançar o sucesso financeiro, com parábolas ambientadas na antiga Babilônia, um império indubitavelmente poderoso. Em linguagem simples e colorida, o autor conta a história de um homem que quis tornar-se rico e o conseguiu, sendo mais tarde convidado pelo próprio Rei a ensinar a sua arte.

As cinco leis de ouro em que baseava as suas lições são princípios pedagógicos válidos para a economia de todos os tempos. Um livro que nunca deixou de ser um grande best seller e é hoje considerado um clássico moderno. 

Os relatos descritos, bem como suas regras são atuais ainda nos dia de hoje para apoiar aqueles que estão enfrentando problemas financeiros, com dívidas ou mesmo que não saibam como prosperar.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

O Último Reino - Série Crônicas Saxônicas - Livro 1


Resultado de imagem para O ultimo reinoEscritor: Bernanrd Cornwell
Editora: Record

Formato Lido: Papel

Sinopse: 'O Último Reino' é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes.

Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado.

Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês. Nas gélidas planícies do norte, ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfred, rei de Wessex, e às lutas entre ingleses e dinamarqueses e entre cristãos e pagãos. 'O Último Reino' não se resume a cenas de batalhas bem escritas e reviravoltas cheias de ação e suspense. O livro apresenta os elementos que consagraram Cornwell: história e aventura na dose exata. Uma fábula sobre guerra e heroísmo que encanta do início ao fim.

O que achei do livro: Fantástica  história, é o típico livro que não dá pra parar de ler e ficamos ansiosos pelos próximos capítulos.

Em tempo, a sinopse acima retirada do editor contém um erro, na verdade o termo "VIKING" se refere ao ato e não ao povo, o correto seria dizer que os Dinamarqueses invadiram o território britânico e fizeram atos Vikings, ou seja, o ato vinking e o ato de pilhagem e quem praticava eram os Dinamarqueses, portanto, o caricato que temos dos "Vinkings" com capacete de chifre não é verdadeiro.

Isto fica muito claro no livro quando Ragnar explica para Uthred que barcos sairiam da Dinamarca  para Viking Cornwell. Entendo que seria algo como um verbo.

Este livro anda muito no limiar do que é ficção e do que é história, e me agrada bastante esta linha. Me parece que não é certo a existência de Uthred, porém, grande parte dos relatos são do próprio Rei Alfredo.

Resumindo, uma leitura que vale a pena.



domingo, 1 de janeiro de 2017

Armas, Germes e Aço. Os destinos das sociedades Humanas


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Editora: Record

Escritor: Jared Diamond

Formato lido: Papel com 472 páginas

Sinopse: O homem é fruto do meio? Para o vencedor do Prêmio Pulitzer, o fisiologista americano Jared Diamond, é óbvio que fatores ambientais e geográficos moldaram o mundo moderno. Em ARMAS, GERMES E AÇO, Jared reúne um cruzamento de descobertas conjugando arqueologia e epidemiologia com história e geografia. Com isso esclarece como e porque as sociedades humanas dos diferentes continentes seguiram caminhos de desenvolvimento diversos nos últimos 13 mil anos e explora as razões da dominação e submissão. ARMAS, GERMES E AÇO - considerado pela crítica especializada como o mais importante livro de não-ficção dos últimos três anos - derruba teorias racistas e mostra que a superioridade da Europa e da Ásia se deve às suas respectivas geografias, mais propícias ao cultivo da terra, à domesticação de animais e ao trânsito de informações. O livro mostra, ainda, como a história e a biologia podem dar suporte uma à outra para produzir um profundo entendimento da condição humana. Um sumário da trajetória dos homens comparável à obra deixada por Darwin. Diamond consegue emprestar um toque arejado às conclusões e transformou ARMAS, GERMES E AÇO num sucesso de crítica e público, apresentando teorias ainda inéditas para as desigualdades sociais encontradas em nosso mundo. Jared consegue convencer o leitor de que sociedades que tiveram um começo mais adiantado na produção de comida - a ponto de conseguir estocá-la -, logo desenvolveram ritos religiosos e se aventuraram na conquista de novos territórios, tornando-se regiões mais ricas e, posteriormente, nações mais desenvolvidas. ARMAS, GERMES E AÇO recebeu vários prêmios, além do Pulitzer: o Phi Beta Kappa, em Ciência, o Rhone-Poulenc e a medalha de ouro do Commonwealth club of California.

sábado, 24 de dezembro de 2016

História da Riqueza do Homem

Autor: Leo Huberman

Editora: Zahar Editores

Em Português, formato papel

Sinopse: Este livro tem um duplo objetivo. É uma tentativa de explicar a história pela teoria econômica e a teoria econômica pela história. Leo Huberman assim justificou a criação de sua História da Riqueza do Homem – explicação esta sem razão de ser. Se a simples citação da palavra “economia” provoca bocejos entre os jovens numa sala de aula, ler o livro de Huberman, porém, remete o leitor ao desenvolvimento da sociedade humana impulsionado por sangue, revoluções, traições e pactos selados, principalmente, por homens de visão. Pensado anteriormente para leitores juvenis, História da Riqueza do Homem terminou por expandir seu alcance até tornar-se um clássico obrigatório. Cobrindo da Idade Média até o nascimento do nazifascismo, a saga da economia mundial, infelizmente, encerrava-se em meados dos anos 1930. 

Eu li a 15ª edição, onde encerra por volta de 1930 (o livro foi lançado em 1936) A 22ª edição amplia-se e renova-se ao trazer dois capítulos assinados pela historiadora Marcia Guerra, cobrindo a nova era iniciada pela Segunda Guerra Mundial – fazendo desta a única edição atualizada no mundo.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Físico: A epopeia de um médico medieval


Escritor: Noah Gordon

Editora: Rocco
Sinopse: O drama de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, é aqui contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica. 




A história começa quando Rob Cole, órfão, aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra, toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia, onde um famoso físico leciona. Decidido a ir a seu encontro, descobre que o único problema estava no fato de que cristãos não tinham acesso às universidades muçulmanas durante as Cruzadas. A solução era Rob assumir a identidade de um judeu, ao mesmo tempo em que se envolvia com uma avalanche de fatos verdadeiramente impressionantes.

O que achei do livro:

Um livro recheado de romance e aventuras, já não sei se os fatos históricos relatados são verdadeiros, mas, independente disso, é recheado de fatos ditos históricos.
São quase 600 páginas do livro com uma história que te prende do inicio ao fim.
Acredito que o Sr. Noah Gordon quisesse contar como se iniciou a medicina, mas na verdade ele acaba contando a grande aventura de Rob e como eram os preconceitos, riquezas medievais e reinados sangrentos e corrupto que surgia em um cristianismo e também um islamismo que acabavam impedindo o avanço da ciência.
Você pode imaginar os heróis que viveram nesta época e que conseguiram vencer estes obstáculos para trazer o que conhecemos de ciência hoje.
Excelente livro.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Por que gostamos de História

Escritor: Jaime Pinsky

ISBN: 9788572448048

Português, ePUB

SINOPSE: As narrativas históricas fascinam. Desde crianças as amamos. Mais tarde trocamos histórias pela História, tentando nos situar no presente, a partir de uma compreensão de nossas raízes culturais, étnicas e familiares. Com maestria e boas doses de ironia, Jaime Pinsky mostra como a História é capaz de explicar o aqui e agora. Em assuntos que vão da situação internacional até os buracos na rua de casa, passando por cultura e educação, ele nos delicia com um texto claro, que busca a interlocução com o leitor, mas se recusa a ser banal. Como ele mesmo afirma, “A História não é como a estatística que, devidamente manipulada, diz o que queremos. Mesmo assim há quem insista em torturá-la, exigindo que ela confesse crimes que não cometeu.” Neste livro, a História se revela com espontaneidade e alegria, sem ser torturada.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

História do Brasil Para Ocupados

Escritor: Luciano Figueiredo
Editora: Casa da Palavra

ISBN: 9788577343805
Português

Sinopse: Um livro para redescobrir o Brasil através de sua história, na companhia de quem mais entende do assunto. Quem conta essa história são 66 dos mais renomados historiadores do país: mais de 500 anos de caminhos e descaminhos; episódios marcantes; personagens fascinantes. Eis o Brasil. História do Brasil para ocupados (ou seja, para os que vivem o tempo atual, veloz) apresenta a história do país de uma forma inovadora - leve em sua forma e certeira em seu conteúdo - reunindo mais de 70 textos, divididos em seis capítulos temáticos: Pátria, Fé, Poder, Povo, Guerra e Construtores. De Pedro Álvares Cabral a Chico Mendes, da Guerra do Paraguai ao Golpe de 1964, de Maurício de Nassau a JK, passando ainda por mulheres como Chica da Silva, Anastácia, Maria Quitéria, Leopoldina e Princesa Isabel e líderes como Tiradentes, D. Pedro II e Getulio Vargas, o livro resgata os grandes acontecimentos e personagens da História do Brasil, formando um verdadeiro caleidoscópio, que não deixa de fora aspectos fundamentais de nossa formação social e cultural, como a escravidão, os encontros entre crenças, a sexualidade, a música, a língua. Tudo isso em uma leitura prazerosa, livre de academicismos, e apostando em fatos curiosos, detalhes pitorescos e outras revelações de profundas pesquisas.

domingo, 1 de novembro de 2015

O Grande Livro das Coisas Horríveis - A crônica definitiva ds 100 piores atrocidades da História

Escritor: Matthew White com Prefácio de Steven Pinker
Editora: Rocco

Sinopse: Cobrindo desde a Segunda Guerra Persa (480 - 479 a.C.) até a Segunda Guerra do Congo (1998 - 2002), O grande livro das coisas horríveis traz uma assustadora releitura da história da humanidade. Ancorado em dados estatísticos, o autor examina os cem acontecimentos mais letais da história, seja por motivos políticos, religiosos, econômicos ou simplesmente fruto da mente de tiranos delirantes. Além das grandes guerras, o livro resgata conflitos pouco lembrados, como A Revolta Mahdi e a Rebelião Taiping. Episódios como a conquista das Américas e o período da Dinastia Xin, igualmente cruéis, também não escapam da análise de White.

sábado, 31 de outubro de 2015

Equador

Escritor: Miguel Sousa Tavares
Editora: Cia. das Letras

Formato: Digital , ePUB com 544 páginas

Sinopse: No começo do século XX, Luis Bernardo Valença, conhecido intelectual português, é convidado pelo rei d. Carlos a executar uma missão descabida e complicada, que implicará numa abrupta mudança de sua vida. Solteiro e perto dos quarenta anos, ele desfruta das regalias que uma cidade grande como Lisboa tem a oferecer. Aceitar o convite do rei significa abandonar tudo por uma vida nova, na qual, entretanto, poderia colocar em prática suas convicções políticas: contribuir para a efetiva abolição da escravatura na África, assumindo o papel de governador de São Tomé e Príncipe.

Mais de um século depois de abolida a escravidão em Portugal, ainda sobram dúvidas se de fato os trabalhadores são empregados e bem tratados. É mesmo difícil esclarecer o limiar entre o trabalho escravo e o assalariado. Muitas vezes, sobretudo em pequenas colônias perdidas no meio da África, um homem que tem contrato assinado pode, mesmo assim, continuar a receber chicotadas de quem não sabe se deve chamar de “senhor” ou de “patrão”.

Equador, primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, publicado em 2003, trata justamente dessa complexidade política e da dificuldade de definir na prática aquilo que parece claro nos conceitos e na teoria. Mais do que isso, este livro fala das paixões humanas e de como elas interferem nos jogos de poder. Luis Bernardo decide aceitar a missão proposta e é então jogado em uma realidade completamente alheia. Percebe que só a sua inteligência não será suficiente para dar conta do que o espera na ilha de São Tomé e Príncipe, onde chegam apenas dois barcos por mês e a população desconhece os direitos humanos já há muito tempo em voga na Europa.

O leitor, acompanhando os passos de Luis Bernardo, vai conhecendo o território e os personagens da ilha por meio das descrições minuciosas do autor; junto do protagonista, percebe a ambiguidade da sua realidade. E não são apenas questões políticas que estão envolvidas nesse cenário: quando Luis é tomado por uma paixão proibida e incontornável, tudo se torna ainda mais confuso e envolvente.

sábado, 3 de outubro de 2015

Os abutres e a VARIG: A história da destruição da maior companhia aérea brasileira de todos os tempos

Escritor/Jornalista: Armando Levy
Editora: e-press

Formato Kindle, 361 páginas

Sinopse: Este livro investiga as causas da decadência e do fim da Varig, a maior companhia aérea brasileira de todos os tempos. O autor entrevistou 41 executivos, credores, investidores e sindicalistas, analisou centenas de documentos e ouviu mais de 300 pilotos e comissários para chegar a uma conclusão estarrecedora: a empresa foi deliberadamente destruída por seus credores, que tinham interesses no fim da Varig para favorecer investimentos em outras companhias aéreas.

O que achei deste livro #1: Mais uma vez confirmo que prefiro livros escritos por jornalistas do que por históriadores, primeiro porque saber os vários lados da história e dos fatos te dá a responsábilidade de escolher um lado (ou vários) e tomar para si a decisão sobr eo que você acha dos atores e dos acontecimentos.
Este é mais um livro em que o escritor/jornalista de dá a possibilidade e material suficiente para entender os diversos cenários e decidir para, de acordo com sua cultura, valores e etica, que lado você deseja ficar.

O que achei deste livro #2: Trabalho envolvido no Turismo já faz mais de 30 anos, sendo que pelo menos 10 diretamente com empresas aéreas, e este livro veio documentar muito bem a história da aviação pela qual eu passei no inicio de minha carreira.
Tirando o aspecto saudosista, me ajudou muito a entender situações que na epoca, devido a minha imaturidade profissional eu não entendia, e, com certeza, para quem é da área de Turismo e Aviação, mostra o quão dinâmico e apaixonante é este setor.

O que achei deste livro #3: Li este livro em 2015, Outubro, na semana em que o ex-presidente Lula foi convocado para dar depoimento na investigação da Lava Jato.
José Dirceu, outro protagonista desta história, está preso pela segunda vez (no livro somente aponta o escandalo do mensalão e não da Petrobrás). Vários outros integrantes deste livro tem sido investigados.
Do ponto de vista político consigo entender muito do escandalo da Petrobrás lendo este livro, mostra como este modus operandi do PT já é antigo e foi totalmente premeditado.
Isto não isenta outros partidos e governantes que tiveram a oportunidade de fazer diferente após os militares e não fizeram.
Confesso que fiquei enojado com o que li neste livro e um sentimento de impotência me abateu este final de semana inteiro.
Recomendo a leitura para aqueles que são da área de aviação e turismo, também recomendo para aqueles que estudam politica, jornalistas e investigadores.
Não recomendo para aqueles de estomago fraco.

Recomendação: Para quem se interssou sobre o Assunto, outro livro muito bom que conta Histórias dos bastidores da Varig é o Estrela Brasileira, da Claudia Vasconcelos. Muito bem escritor e mostra o ponto de vista de funcionários da Varig.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sapiens - Uma Breve História da Humanidade


Escritor: Yuval Noah Harari
Editora: L± Edição: 1ª (10 de março de 2015)
ISBN: 9788525432186

464 páginas no formato digital, Português.

Sinopse: O autor repassa a história da humanidade, ou do homo sapiens, desde o surgimento da espécie durante a pré-história até o presente, mas em vez de apenas “inventariar” os fatos históricos ele os relaciona com questões do presente e os questiona de maneira surpreendente. Além disso, para cada fato ou crença que temos como certa hoje em dia, o autor apresenta as diversas interpretações existentes a partir de diferentes pontos de vista, inclusive as muito atuais, e vai além, sugerindo interpretações muitas vezes desconcertantes. Yuval Noah Harari é professor do departamento de história da Universidade Hebraica de Jerusalém. É especialista em história mundial, medieval e militar.

"Harari é brilhante [...] Sapiens é realmente impressionante, de se ler num fôlego só. De fato, questiona nossas ideias preconcebidas a respeito do universo." (The Guardian)

Um relato eletrizante sobre a aventura de nossa extraordinária espécie – de primatas insignificantes a senhores do mundo.

O que possibilitou ao Homo sapiens subjugar as demais espécies? O que nos torna capazes das mais belas obras de arte, dos avanços científicos mais impensáveis e das mais horripilantes guerras? Yuval Noah Harari aborda de forma brilhante estas e muitas outras questões da nossa evolução.

Ele repassa a história da humanidade, relacionando com questões do presente. E consegue isso de maneira surpreendente. Doutor em história pela Universidade de Oxford e professor do departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém, seu livro não entrou por acaso nas listas dos mais vendidos de 40 países para os quais foi traduzido.

Sapiens impressiona pela quantidade de informação, oferecida em linguagem acessível, atraente e espirituosa. Tanto que, na primeira semana de lançamento nos Estados Unidos, já figurava entre os mais vendidos na lista do The New York Times.

Em Sapiens, Harari nos oferece não apenas conhecimento evolutivo, mas também sociológico, antropológico e até mesmo econômico. Ele se baseia nas mais recentes descobertas de diferentes campos como paleontologia, biologia e antropologia. E, especialmente para a edição brasileira, realizou algumas atualizações no final de 2014.

Esta edição traz dezenas de imagens, mapas e tabelas que o deixam ainda mais dinâmico.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Os Argentinos

Escritor: Ariel Palacios
Editora: Contexto
ISBN: 978-85-7244-787-4

368 páginas no formato digital em Português

Sinopse: Os brasileiros acham que conhecem bem os argentinos. Afinal, nós curtimos Buenos Aires, eles desfrutam de nossas praias e uns e outros praticam a língua comum, o portunhol. Desconfiamos de que ser argentino vai além de amar tango e churrasco, mas nem imaginamos que nossa rivalidade preferencial não é recíproca: eles detestam reconhecer, mas amam os brasileiros e preferem derrotar os ingleses à nossa seleção de futebol.

Os argentinos já ganharam prêmios Nobel (nós ainda não), e o metrô de Buenos Aires, centenário, é prova de que já viveram dias melhores. Agora eles estão sempre ocupando as ruas e protestando. Seu sistema educacional e sua concentração na capital mostram um povo urbano, culto e politizado, mas a instabilidade pode ser percebida pela sucessão de líderes populistas entremeada de golpes militares.
Para realmente desvendar esse povo que clama ter inventado o doce de leite e a caneta esferográfica e brilha no cinema e na literatura, o jornalista Ariel Palacios - correspondente brasileiro em Buenos Aires desde 1995 - elaborou este saboroso e imperdível "Os argentinos".

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Doze Anos de escravidão

Escritor: Solomon Northup
Editora: Penguin
ISBN: 9788563560896

Português, 264 páginas lidas no formato Digital

Sinopse: Doze anos de Escravidão narra a história real de Solomon Northup, negro americano nascido livre que, por conta de uma proposta de emprego, abandona a segurança do Norte e acaba sendo sequestrado e vendido como escravo. Durante os doze anos que se seguiram ele foi submetido a trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana.
Este relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, logo se tornou um best-seller, e hoje é reconhecido como a melhor narrativa sobre um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos. Verdadeiro elogio à liberdade, esta obra apresenta o olhar raro de um homem que viveu na pele os horrores da escravidão.

O que eu achei: Fazia muito tempo que um livro não me emocionava como este me emocionou. Me senti um pouco culpado de ser branco,senti um pouco de vergonha de minha classe, sei lá, não sei explicar o sentimento que tive tamanho relato barbaro que o Solomon descreve com riqueza de detalhes.

domingo, 23 de novembro de 2014

Guia politicamente incorreto da história do mundo

Escritor: Leandro Narloch
Editora: Leya
ISBN: 9788580448405

Português
320 páginas
Formato lido: Digital

Sinopse:
Cintos de castidade na idade Média? Eles nunca existiram - pelo contrário, manuais de medicina da época diziam que o prazer sexual era essencial à saúde das mulheres. Milhares de crianças foram exploradas nas fabricas inglesas do século 19? Está certo, mas é interessante lembrar que a revolução industrial, pela primeira vez, tornou o trabalho infantil desnecessário. E lembra aquela história de que as guerras e a miséria na África são consequência das fronteiras artificiais criadas pelos europeus?

Há quase 30 anos historiadores e economistas africanos deixaram de acreditar nela abaixo da superfície, a historia não é tão simples quanto aquele professor militante costumava nos ensinar. Depois do sucesso do guia Politicamente Incorreto da Historia do Brasil e do guia Politicamente incorreto da Filosofia e do Guia politicamente incorreto da América Latina é hora de finalizar o trabalho. É hora de jogar tomates nos equívocos sobre a história do mundo.

Minha opinião: Gosto muito deste estilo, como já comentei antes, adorei os relatos e posições adotadas pelo escritor, mas principalmente o capitulo sobre comunismo que nos mosta como republiquetas de bananans sul americanas tentam copiar estuturas comunistas/socialistas falidas.
Me dá um certo medo em saber que muitos políticos brasileiros compartilham desta visão atiquada.