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sábado, 28 de setembro de 2019

Homem Livre

Três anos, três meses, três dias. Este foi o tempo exato que Danilo Perrotti Machado levou para fazer uma viagem ao redor do planeta sobre uma bicicleta. Buscando conhecer o mundo e a si mesmo, Danilo deixou sua cidade natal, Belo Horizonte, e partiu para uma viagem por 59 países, percorrendo 50 mil quilômetros pelo Planeta Terra. Homem Livre é o nome dessa envolvente aventura. Seu objetivo era conhecer os povos e as culturas do mundo, movido pelo próprio esforço físico, descobrindo ao mesmo tempo a simples essência de estar vivo. A viagem parte do Brasil e vai para a Europa, segue com a travessia pelo Oriente Médio e um trecho do norte da África, cruza a Ásia e sua envolvente diversidade cultural, indo em seguida para a Oceania, descendo as Américas e, finalmente, depois de muito pedalar, atinge a Amazônia, num surpreendente pulo no rio que leva de volta ao Brasil.
Homem Livre fala sobre o que pode acontecer quando você percebe que é a sua própria mente que determina as situações que você vive, com muitas observações agudas sobre o existir, a forma de viver dos países ricos e pobres, o despertar de um homem com o sol, a lua e as estrelas, as mais das vezes sozinho, diante da eminência da morte, do perigo e da dificuldade de comunicação com línguas estranhas.
Uma história que faz o leitor encontrar o prazer de ir tão longe sobre dois pedais, numa aventura que acaba e recomeça a cada página, levando-o a viajar para dentro de si mesmo, com um entrelaçamento que só as grandes narrativas possuem. Certamente irá emocionar qualquer pessoa disposta a embarcar numa envolvente jornada pelo Planeta Terra e, ao mesmo tempo, pela alma humana.

Sobre os Autores:
Danilo nasceu em Belo Horizonte, em 1981. Produtor de cinema, fotógrafo, palestrante e explorador, realizou uma viagem de bicicleta ao redor do mundo por 59 países, durante 3 anos, 3 meses e 3 dias. Dá palestras sobre suas experiências, produz conteúdo para tevê e revistas e é autor do Livro Homem Livre: ao redor do Mundo sobre uma bicicleta, lançado em 2015.
Exibiu no cinema e nas tevês do Brasil, na Itália e Inglaterra o documentário de longa-metragem HOMEM LIVRE, que relata a sua jornada pelo Globo Terrestre. Em 2017, realizou duas expedições: Mongólia a cavalo e travessia dos Rios da Amazônia. Sobre estas experiências, acaba de lançar seu novo livro Homem Livre: da Mongólia aos Rios da Amazônia.

Gisele Mirabai é escritora e roteirista de cinema e televisão e tem quatro livros publicados. NASCI PRA SER MADONNA, infantojuvenil que ganhou menção honrosa no 1º Concurso de Literatura Cepe, ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS, uma novela de viagem imaginária e HOMEM LIVRE, onde transformou os diários de bordo da viagem de bicicleta de Danilo Perrotti Machado em uma obra literária, sendo também roteirista e diretora do filme sobre a mesma viagem. Gisele também é autora da saga GUERREIRAS DE GAIA, uma tetralogia destinada ao público jovem, tendo sido o primeiro livro da série adotado por diversas escolas do Brasil. Atualmente, trabalha escrevendo o segundo volume da obra.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

VACACIONES: Caronas Cagadas e Cervejas

Morando em pensões, mudando de casa três vezes por mês, trocando de emprego em tempo recorde (e muitas vezes procurando um), divagando sobre a vida e as bizarrices que acontecem à sua volta: assim passa Ana Paula a maior parte do tempo. Autodenominada Paulinha ou Polly, a autora-personagem passa por Campinas, São Paulo, Buenos Aires, Uberlândia, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Pipa, Londres... aparentemente, porque foi expulsa de casa. Mas, às vezes, ela se pergunta se não gosta mesmo é dessa “vida bandida”.

As variações de cenário e par romântico nesta história da vida real são tão frequentes quanto as oscilações de humor da personagem. A linguagem, atual, espontânea e de uma acidez e perspicácias deliciosas. Por vezes, Polly demonstra uma força invejável. Em outros momentos, ela própria se condena e aponta os inúmeros erros que a afastam de uma vida minimamente comum — crediário de sofá, trabalho, um dia para lavar roupa. A mesma vida que às vezes ela parece desejar e, outras vezes, repelir com violência.

Produzido a partir de textos publicados em seu blog pessoal (que passou por vários endereços eletrônicos), Vacaciones conta a história catártica da autora-personagem que se autodescreve como “difícil de lidar” — mas que sem dúvida se destaca, uma antítese à mediocridade. E isso é fácil de perceber: Polly transita da cultura pop a referências mais eruditas com maestria e equilíbrio. O mesmo jogo de cintura, aliás, de quem soube sobreviver pegando carona na estrada e, apenas pouco tempo antes, bebendo Guinness na Irlanda como se não houvesse amanhã. Um desabafo e uma forma de guardar as memórias para si própria, Vacaciones apóia-se justamente na instabilidade, naquilo que, ao mesmo tempo, tanto assusta quanto parece libertar.