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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Homem Que Sabia Javanes

Castelo estava sem dinheiro e sem lugar para morar, quando encontrou um anúncio de emprego para professor de javanês. Percebeu que a concorrência seria pouca e se candidatou. Além de conseguir a vaga, transformou-se depois em importante diplomata. Este conto critica a forma injusta e leviana como muitas pessoas acabam ganhando status e prestígio.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Quase ela deu o sim, mas...

O conto "Quase ela deu o sim, mas..." foi publicado na revista Careta, em janeiro de 1921. Traz a divertida história do indolente Cazu e a esperta viúva Ermelinda, com a ironia e as descrições humanas precisas de Lima Barreto.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

A Arte de Produzir Efeito Sem Causa

Esta obra conta a trajetória de Júnior que depois de largar o emprego e a mulher por motivos que guardam uma infeliz coincidência, pede abrigo na casa do pai. Enquanto se entrega a reminiscências e persegue objetivos pequenos e imediatos como a próxima refeição, o resgate de uma dívida com o antigo chefe, o dinheiro para o próximo cigarro, Júnior começa a roer a corda que separa sanidade e loucura. Lourenço Mutarelli também é autor de livros como ''O cheiro do ralo'' e ''O natimorto''.

segunda-feira, 29 de março de 2021

A Incrível Viagem de Shackleton

Resenha] A Incrível viagem de Shackleton | Jovem Administrador

Com certeza, depois de ler este livro, e ao estar perdido na Antártida, você irá desejar ter como líder o Shackleton.

Após quase dois anos, Shackleton, unindo um espirito de liderança impar, sobreviveu e conseguiu trazer toda a sua tripulação de volta a civilização.

Shackleton, e atenção ao aviso de spoiler, na minha nos mostrou excelentes atitudes de liderança, e que foi o meu maior aprendizado neste livro.

Primeiro de tudo, FOCO. Na missão original de Shackleton, ele deveria atravessar o Continente, só isso! (só isso?) mas ao longo dos acontecimentos, seu foco foi mudando e antes do 1º terço da missão já estava bem claro qual deveria ser seu objetivo principal. Em nenhum momento ele se desviou de seu foco. Foi obstinado, doente em atingir seu objetivo, o que fez a grande diferença. 

A missão original de Shackleton era grandiosa, prometendo uma fama nunca antes vista, glória e conquistas científicas. Depois que o seu navio ficou preso no gelo a 150 milhas da costa, ele mudou sua missão para uma missão focada em levar todos para casa inteiros. Esse novo foco impulsionou as ações de Shackleton ao longo dos meses gelados na Antártica, mantendo o homem e sua equipe vivos.

Em segundo lugar, CAPACIDADE DE IMPROVISO. Ele deve ter ficado arrasado quando seu navio encalhou, mas ao invés de se abater, ele seguiu um novo objetivo e improvisou nas soluções para resolver a difícil situação em que se encontrava.

ALTA DOSE DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Shackleton tinha bem claro de que inteligência emocional era fundamental em um momento de crise, e um bom líder deveria ter uma dose grande dela.

Em condições de extrema dificuldade, é fundamental que a fortaleza emocional de uma pessoa seja robusta. Shackleton sabia utilizar bem este fato e as vezes, utilizava de empatia com seus homens, porém, em outros momentos, ele mantinha distância para manter, e mostrar seu comando.

PERSISTÊNCIA E RESILIÊNCIA. Imitando o nome de seu navio "Endurance", Shackleton nunca desistiu do inferno, maré alta ou gelo congelante em que havia se metido. 

Mesmo estando ele, Shackleton salvo, ele fez de um tudo para voltar ao inferno e salvar o restante da tripulação.

Capacidade de GERENCIAR DETALHES VITAIS fizeram com que, enquanto mantinha o olhar firmemente fixo em sua missão de sobrevivência, cuidasse com pulsos de ferro na gestão e logística dos alimentos. Shackleton sabia que o diabo morava nos mínimos detalhes. Dois exemplos que são dignos de nota:

  • Escala de plantão: Shackleton trabalhou todos os dias na escala de serviço. Ele determinou quem fazia o quê, quando e onde, mudando as pessoas quando necessário. Isso continuou apesar das circunstâncias climáticas adversas ou do baixo moral que atormentavam o grupo.
  • Comida: Shackleton focou na necessidade de alimentar e dar água a seus homens durante toda a provação. Isso ocorreu embora os suprimentos estivessem diminuindo. Para levantar o ânimo, celebrações eram realizadas em ocasiões festivas, muitas vezes com carne fresca de pinguim complementada por alimentos secos do navio

Para manter os níveis de energia de seus homens, ele os reunia todas as noites no navio (e mais tarde no gelo) com um dos banjos masculinos. Isso ajudou a garantir que haveria momentos de camaradagem e diversão, aliviando o estresse, o cansaço e o medo da situação precária.


Além de tudo isso, Shackleton COMPARTILHAVA LIVREMENTE AS INFORMAÇÕES COM SUA EQUIPE, e na situação adversa em que se encontrava, Shackleton entendeu que era muito importante se comunicar com frequência.

Ele garantiu que as informações fluíssem livremente para sua tripulação. Sua partilha regular mantinha todos informados da situação no dia a dia.

Essas práticas de comunicação são provavelmente mais vitais do que nunca no ambiente hiper conectado como o  de hoje.


Porém, o não menos importante, APRENDER COM SEUS ERROS! 

Alguns dos erros graves que ele cometeu resultaram em esforços de resgate demorando muito mais do que deveriam. No entanto, ele não lamentou por causa de seus erros. Levantou a cabeça, mudou rapidamente seu curso, concentrou as energias neste novo caminho e continuou sua caminhada.


Nada de ficar chorando!


Este processo contínuo de aprendizagem e adaptação manteve o homem e sua tripulação vivos no ambiente mais hostil do mundo.

O livro é muito legal pois recuperou os diários e entrevistas com alguns membros da Expedição, Alfred Lansing reconstrói as dificuldades que a tripulação do Endurance enfrentou. 



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Toda luz que não podemos ver


Foi considerado um dos melhores livros de 2014, segundo a Amazon, e também foi ganhador do Prémio Pulitzer de 2015 na categoria Ficção, assim como também ganhou o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction em 2015.

Confesso que comecei a ler este livro sem muitas expectativas, e nas primeiras 100 páginas, de 500, achei um pouco confuso, com uma maneira de contar a história bem diferente do tradicional. Porém, nem por isso, menos interessante e gostoso de se ler. O escritor muda constantemente a linha lógica dos acontecimentos, contando coisas que ainda irão acontecer e depois voltando ao passado e explicando o que aconteceu, como aconteceu e os porquês. Isso faz um exercício mental gigantesco. Tu tens que montar um quebra-cabeças da história e unir os pontos que, depois de um tempo gostei bastante deste jeito de se ler. É como ler um dos capítulos finais, voltar e ler um capitulo inicial, passar para um capitulo do meio do livro, e assim por diante. Além de, até mais ou menos a metade do livro a história se passa de maneira paralela e você não consegue entender onde elas irão se unir e em que ponto.

Tudo se passa durante a 2ª Grande Guerra e conta a história simultanea (vou fazer o possível para não dar spoiler) de um jovem Alemão e uma Jovem Francesa.

O escritor entra em detalhes do ambiente de guerra, as privações, tanto do lado Francês, quanto do lado Alemão, as sacanagens do governo, o medo do povo. Realmente é impressionante.

A Marie-Laure, que é a protagonista, vive em Paris, bem perto do Museu de História Natural, em que seu pai trabalha. Ela teve um problema de visão quando criança, porém isso não a fez menos fascinada pela vida e curiosa pela Natureza e ciência.

Já o órfão Werner, o segundo protagonista, cresceu com a irmã mais nova em uma região de minas na Alemanha, fascinado pela ciência, em particular por rádios, que, pode imaginar a inovação que era em 1944? Fico imaginando que o rádio, em termos de tecnologia, era algo próximo ao WhatsApp, lógico que guardada as devidas proporções e funções.
Com o tempo ele acaba se tornando especialista e isto lhe concede uma oportunidade em uma escola nazista.

Eu tenho sempre o péssimo hábito de generalizar, quando se fala de 2ª Guerra, Alemães e Nazistas, mas o relato deste jovem na escola Nazista mostra também que os Jovens alemães eram (sem generalizar novamente) vitimas do sistema Nazista que se formou. Eles eram massacrados por professores tiranos e eram projetados para a Guerra. Não se tinha escolha nenhuma.

A história se desenrola em torno desses dois jovens e os tenebrosos acontecimentos em Sain-Malo, cidade no Norte da França e o suporte dado a chegada dos exércitos dos Aliados na Normandia.

Dramas pessoais e morais são constantes, bem como a estratégia de ambos para sobreviver à 2ª Guerra Mundial.

Super recomendo! 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Cinderela chinesa: A história secreta de uma filha renegada

 

Nossa, fazia tempo que eu não me emocionava com um livro. Não que eu esteja lendo livros ruins, mas pelo simples fato de que não são aqueles livros que te tocam na alma. Bons livros, mas não emocionantes.

Este livro é daqueles que estavam já um bom tempo em minha fila de espera de leitura do Kindle e, PRÉ-conceito meu, o titulo não me atraia muito. Finalmente cansado de passar por ele resolvi encarar uma leitura dinâmica.

Arrependimento de não ter lido antes. A Sra. Adeline tem uma capacidade de sintase muito grande. Pega os pontos chaves dos momentos de sua vida que fazem com que você fique extremamente irritado com seu pai e sua madrasta.  É impressionante.

A história se passa na China dos anos 40 e 50, e mostra a vida de uma menina órfã de mãe que tem que lidar com um pai totalmente ausente e uma madrasta invejosa. O livro flui muito bem e de maneira rápida, sem enrolação, entre os 7 ou 8 anos de Adeline até seus 16 anos. Mostra sua paciência, se assim posso chamar seu estoicismo e sua vontade de vencer apesar de todos que jogam contra.

Foi um livro que gostei tanto que já estou buscando outros livros da escritora. Vale a pena!